Relato mostra que compras do BCE eram o "único instrumento que sobrava"

Relato mostra que compras do BCE eram o "único instrumento que sobrava"

19 fevereiro 2015, 14:54
kasino
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Avançar com as compras de dívida soberana era a última solução suficientemente poderosa. Esta foi a leitura de grande parte dos responsáveis na última reunião do BCE, revela o relato divulgado esta quinta-feira, que esclarece também que 20% dos activos ficarão sujeitos a partilha de risco. 

As compras de dívida soberana pelo Banco Central Europeu eram a última alternativa. Esta era a perspectiva de "um grande número de membros", na mais recente reunião de política monetária da instituição europeia, segundo o relato tornado público esta quinta-feira, 19 de Fevereiro. 

"As compras de dívida soberana pareceram ser o único instrumento que sobrava com poder suficiente para dar o estímulo monetário suficiente, de modo a alcançar o objectivo do BCE de estabilidade dos preços", releva o documento divulgado, relativo à reunião de política monetária de 22 de Janeiro. Foi neste encontro do Conselho de Governadores que o banco central liderado por Mario Draghi aprovou a extensão do já existente programa de compra de activos à divida soberana, com o objectivo de ascender a 60 mil milhões de euros por mês. 

O relato mostra que, com esta medida, os responsáveis do banco central esperavam obter "uma compressão dos juros da dívida soberana na Zona Euro". No fim, esclarece, o objectivo era "levar a uma flexibilização nas condições de todas as fontes de financiamento, incluindo aquelas que são relevantes para as condições de financiamento das famílias e empresas não financeiras da Zona Euro". 

Já no que toca à forma como o programa será conduzido, o documento esclarece finalmente o modelo da partilha de risco. Os títulos de dívida soberana ficarão sob a exclusiva responsabilidade dos bancos centrais nacionais. Por outro lado, a compra de dívida de instituições europeias – também incluída neste programa - ficará sujeita a uma partilha total do risco. 

Feitas as contas, 20% das compras de activos adicionais com início previsto em Março terão risco partilhado. Ou seja, 12,5 mil milhões de euros, tendo em conta o objectivo mensal da instituição. Já os restantes 80% ficarão sob a responsabilidade dos bancos centrais nacionais.  

( notícia do jornaldenegocios datado de 19 de Fevereiro de 2015 ) 

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