- O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quarta-feira em 91 bilhões de euros o teto de crédito que os bancos gregos podem solicitar através do mecanismo de liquidez de emergência.
Fontes bancárias explicaram que, assim como na semana passada, o Banco da Grécia não tinha solicitado liquidez adicional, pois neste momento há reservas suficientes devido a receita fiscal e de turismo, entre outras, que evoluíram favoravelmente.
Calcula-se que atualmente a liquidez seja de cerca de cinco bilhões de euros e até mais, disseram as fontes.
A próxima revisão do limite de crédito está prevista para daqui a duas semanas.
Esta foi a segunda sessão consecutiva do BCE em que o Banco da Grécia não solicitou liquidez adicional para os bancos gregos, após duas injeções consecutivas nas duas semanas anteriores.
Após a aprovação do primeiro pacote de reformas pelo parlamento em 15 de julho, o BCE voltou a retomar as injeções de liquidez aos bancos gregos, que estiveram bloqueadas durante várias semanas.
Este bloqueio tinha levado o governo a impor o controle de capitais e um feriado bancário que durou três semanas.
O fornecimento de liquidez de emergência tem juros mais altos do que os oferecidos pelo BCE em suas operações ordináriasde refinanciamento.
A saída maciça de depósitos devido a incerteza política durante a negociação entre a Grécia e seus credores, assim como a imposição dos controles de capital provocaram fortes estragos nos bancos gregos, cuja recapitalização faz parte do terceiro resgate que o governo espera poder assinar nas próximas duas semanas.
Desde que a Bolsa de Atenas reabriu, na última segunda-feira, após cinco meses fechada, os títulos bancários estão sofrendo perdas diárias significativas.
Hoje, pelo terceiro dia consecutivo, as ações do setor bancário tiveram quedas de até 30%, e os prejuízos acumulados superam os 70% esta semana.
