Mesmo sem acordo com a Grécia, analistas dizem que turbulência nos mercados será passageira

16 fevereiro 2015, 20:40
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A Grécia não chegou a acordo com a Europa. Contudo, ao contrário do passado, os efeitos deste impasse deverão ser curtos. Haverá uma fuga ao risco, dizem os analistas, mas o contágio será muito limitado. 

O Governo grego rejeitou esta segunda-feira, 16 de Fevereiro, um acordo com os parceiros europeus. A proposta apresentada pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselblöem, foi caracterizada por uma fonte de Atenas como "inaceitável". Apesar da incerteza, reacções negativas no mercado só no curto prazo, dizem os analistas. Até porque a fuga ao risco será ofuscada pelo programa de compra de dívida soberana do Banco Central Europeu (BCE). 

As negociações entre o Executivo de Alexis Tsipras e os ministros das Finanças da União Europeia foram concluídas em menos de três horas. Sem acordo, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, sai de Bruxelas de mãos a abanar. Apesar de ser um desfecho imprevisto na semana passada, as reacções, agora, não deverão assumir grandes magnitudes. 

"No curto prazo, haverá uma fuga ao risco" em toda a Europa, atira Marco Brancolini. "Mas no médio prazo, os desempenhos continuarão a ser positivos, em grande parte devido ao programa de compra de dívida do BCE", salienta o estratego de dívida do Royal Bank of Scotland. Para o responsável, "o factor chave é que o contágio não deverá aparecer". "É uma preocupação de curto prazo, mas não de médio", acredita. 

Também Vincent Chaigneau defende, que na próxima sessão, "veremos uma fuga ao risco", devido à falta de acordo. "Actualmente, podemos ver um pouco de contágio, mas nada de especial", salienta ao Negócios o director global de estratégia de dívida e cambial do Société Générale. "Tem sido muito limitado", diz o especialista, mas no futuro "dependerá de quão más forem as notícias". "Se o mercado temer que as negociações não cheguem a lado algum [até ao fim do programa a 28 de Fevereiro], então veremos um contágio muito maior. Mas não acredito que acontecerá", conclui. 

( notícia do jornaldenegocios datado de 16 de Fevereiro de 2015 )

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