Inflação da terceira idade recua no terceiro trimestre do ano

Inflação da terceira idade recua no terceiro trimestre do ano

14 outubro 2015, 13:53
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A inflação que pesa sobre o bolso de famílias com integrantes acima de 60 anos desacelerou na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano. Medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) recuou de 2,46% para 1,23% no período. Em 12 meses, a taxa foi de 10,21%, acima dos 9,65% acumulados pelo índice nacional, o IPC-BR. 

Segundo a FGV, sete das oito classes de despesa que compõem o número registraram desaceleração. A principal influência foi do grupo alimentação, que passou de 2,34% para 0,54%, puxado pela variação das hortaliças e legumes, que tiveram redução de 11,85% para -16,33%. O preço dos remédios também pesou na queda do índice. O grupo saúde e cuidados pessoais registrou decréscimo de 3,47% para 1,82%, influenciado pela variação dos medicamentos, de 6,08% para 0,24%. 

Economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV, André Braz diz que a queda do índice não indica uma tendência de queda. “No primeiro e segundo trimestres, os índices subiram por conta de aumentos nos preços administrados, em plano de saúde e remédios. Esses itens não influenciaram tanto no índice agora, mas isso não significa uma tendência de desaceleração. Ainda há temos aumentos na gasolina, diesel e alimentos que vão ajudar a segurar o índice em dois dígitos até o fim do ano”, diz.

Também contribuíram para a desaceleração do IPC-3i os grupos despesas diversas (9,31% para 0,67%), habitação (2,53% para 1,97%), educação,leitura e recreação (2,73% para 0,94%), vestuário (1,98% para 0,24%) e transportes (0,69% para 0,35%). Nestas classes, os itens que mais influenciaram a variação foram o jogo lotérico, condomínio residencial, passagem aérea, roupas e automóvel novo, respectivamente. Entre os itens que mais caíram, o destaque foi para o tomate, a cebola, a banana-prata, a batata-inglesa e a cenoura. Os que tiveram influência positivas no índice foram plano e seguro de saúde, energia elétrica, condomínio residencial e refeições em bares e restaurantes.

MAIS BARATO 

Entre os itens no grupo alimentação que ficaram mais baratos, o destaque ficou para o tomate, que registrou queda de 32,55% e a cebola, que caiu 25,85%, além da banana-prata, da batata-inglesa e da cenoura, com quedas de 11,82%, 7,71% e 18,52%, respectivamente.

MAIS CARO

Ficaram mais caros o plano de saúde, com variação de 2,97%, a tarifa de eletricidade residencial, com aumento de 3,23%, a taxa de condomínio, que subiu 2,54%, a tangerina, que disparou 42,56% e as refeições em bares e restaurantes, com aumento de 1,76%.

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