Membro do Fed pede prudência sobre aumento 'prematuro' dos juros

Membro do Fed pede prudência sobre aumento 'prematuro' dos juros

19 maio 2015, 02:12
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Um funcionário do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos reiterou nesta segunda-feira prudência em relação à data para uma primeira elevação das taxas de juros, que não acha ser recomendável até o ano que vem.

"Devemos ser prudentes na eleição da data para o primeiro aumento das taxas, assim como sobre o ritmo de normalização da política monetária que o seguir", disse Charles Evans, presidente da delegação regional do Fed de Chicago, em um discurso em Estocolmo, na Suécia.

"Não me sinto o suficientemente confiante para começar a elevar as taxas até o início do ano que vem", disse Evans, um dos poucos membros com voto do Comitê de Política Monetária do Fed que nesse momento defende uma restrição do crédito em 2016.

As taxas de juros estão próximas de zero nos Estados Unidos desde o final de 2008.

"Dados o incômodo baixo nível de inflação e as incertezas sobre o panorama econômico, acho que há riscos significativos e poucos benefícios em elevar as taxas prematuramente", insistiu.

"Em termos simples, a inflação está muito baixa", ressaltou, enquanto o Fed estabelece a meta de inflação em 2%, considerado saudável para a economia.

O índice PCE, indicador favorito do Fed, é de apenas 0,3% ao ano e de 1,3% excluindo os preços de energia e alimentos. Evans não acha possível que haja um aumento de 2% antes de 2018.

"Também gostaria de ver um aumento mais forte dos salários", disse o funcionário. Segundo Evans, uma economia com uma inflação de 2% deve gerar um aumento salarial de 3% a 4% anual.

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