Crescimento da América Latina se desacelerá em 2015 e avançará em 2016

Crescimento da América Latina se desacelerá em 2015 e avançará em 2016

14 abril 2015, 17:32
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento da América Latina em 2014 se desacelerará neste ano, até 0,9%, para subir ligeiramente em 2016, até 2%, segundo o relatório Perspectivas Econômicas Globais, publicado nesta terça-feira.

O FMI voltou a diminuir suas previsões, ao reduzir o ritmo de crescimento esperado para a região em 0,4% neste ano e em 0,3% em 2016 em relação aos cálculos anteriores.

Após crescer 2,9% em 2013 e 1,3% no ano passado, as revisões divulgadas hoje são uma má notícia para a América Latina, que segue sem gerar uma riqueza à altura de seu potencial, especialmente pelos desempenhos ruins de Brasil e Venezuela, de acordo com o FMI.

O rebaixamento desta atualização se deve especialmente ao fato da previsão para o Brasil, a maior economia latino-americana, ser de encolhimento de 1% no fechamento deste ano e de crescimento de 1% em 2016.

O FMI prevê no relatório uma das maiores correções em baixa para o Brasil, que segundo a instituição multilateral não está abordando os "desafios de competitividade" e enfrenta o risco de racionamento de energia e água.

Por sua parte, as previsões para o México sofreram uma leve correção e caíram 0,2% para este ano e 2016, e a projeção agora é de crescimento de 3% e 3,3%, respectivamente.

O FMI revisou em alta as perspectivas para a economia argentina, e agora calcula uma recessão de 0,3% neste ano e estagnação em 2016, com crescimento de 0,1%.

Estas previsões se baseiam em dados oficiais do governo argentino, que o FMI pediu para que sejam mais precisos.

Das grandes economias do subcontinente, a Venezuela sofrerá a maior contração neste ano (7%) devido à forte queda dos preços do petróleo.

"As quedas nos mercados de matérias-primas seguirão um dos maiores lastros da atividade econômica na América do Sul, apesar de que um petróleo mais barato e a recuperação americana dão impulso para outras economias da região", disse FMI.

Entre as economias que crescerão com mais força neste ano na região se destacam Bolívia, com 4,3%; América Central, com 4,2% em média; Paraguai, com 4%; Peru, com 3,8%, e Colômbia, com 3,4%. EFE

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