Juros futuros acompanham alta do dólar

Juros futuros acompanham alta do dólar

5 fevereiro 2015, 18:00
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Depois de encerrar no maior nível em quase 10 anos, o dólar à vista abriu em queda ante o real, e os juros futuros abriram a sessão alinhados à moeda norte-americana. De um modo geral, os mercados domésticos também estão atentos ao noticiário envolvendo a Petrobras.

Às 9h20, nos juros futuros, o DI com vencimento em janeiro de 2016 tinha taxa de 12,79%, na máxima, de 12,81% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 projetava taxa de 12,57%, de 12,59% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2021 estava em 12,14%, de 12,12% no ajuste anterior. É válido lembrar que o leilão de títulos públicos que o Tesouro Nacional realiza hoje tende a pressionar os vértices mais longos. O avanço dos juros dos Treasuries no exterior também contribui para o movimento.

A forte valorização da moeda dos EUA, ontem, garantiu um firme avanço das taxas futuras, o que abre espaço para uma realização de lucros nos negócios nesta quinta-feira. Porém, o desconforto com alguns assuntos internos, entre eles a sucessão na diretoria da Petrobras, pode trazer volatilidade.

Na quarta-feira, 4, à noite, a estatal petrolífera informou os nomes dos cinco diretores que renunciaram a seus cargos, além da presidente, Graça Foster. Dos dois diretores que permaneceram, José Elek segue na área de governança, que assumiu há pouco, e José Eduardo Dutra, diretor Corporativo e de Serviços, está afastado por motivo de doença.

Os investidores também acompanham hoje a nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã pela Polícia Federal. Ao todo, serão cumpridos 62 mandados judiciais nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Os nomes dos alvos não foram divulgados, mas um dos pedidos, de condução coercitiva, é contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele será obrigado a prestar depoimento e será liberado em seguida.

Além disso, há uma cautela com o risco de racionamento de água e de apagão no setor elétrico. Hoje, o governo publicou decreto que cria conta para centralizar recursos de bandeiras tarifárias. Pelo decreto, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) fará a gestão e a liquidação dessa conta centralizadora, sendo que as distribuidoras recolherão recursos das bandeiras tarifárias em nome da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

No exterior, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de fechar porta de liquidez para Grécia pressiona as bolsas na Europa, após a autoridade monetária resolver deixar de aceitar títulos da dívida grega como garantia nas operações tradicionais de oferta de liquidez ao sistema bancário. Porém, em Nova York, os índices futuros apontam para uma abertura de Wall Street no positivo, antes da divulgação de novos dados de emprego. Ainda no mesmo horário, o juro da T-note de 10 anos estava em 1,7744%, de 1,766%, na véspera.

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