UE baixou até setembro a sua dívida pela primeira vez em quinze trimestres

UE baixou até setembro a sua dívida pela primeira vez em quinze trimestres

22 janeiro 2015, 16:12
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A União Europeia (UE) desceu a sua dívida pública entre julho e setembro de 2014 pela primeira vez após quinze trimestres consecutivos de aumentos, ao situá-la em 86,6% do PIB, quatro décimos menos que nos três meses precedentes, informou hoje a agência comunitária de estatística Eurostat.

Na zona euro a dívida pública desceu seis décimos a 92,1% do PIB no terceiro trimestre.

Em termos anuais, a dívida aumentou tanto na zona euro como na UE, concretamente de 91,1 a 92,1% do PIB nos dezanove da área da moeda comum e de 85,3% a 86,6% do PIB nos vinte e oito.

No caso de Espanha, a dívida aumentou quatro décimas no terceiro trimestre frente ao segundo, até 96,8% do PIB, e cinco décimas em comparação com o mesmo trimestre de 2013, quando a dívida estava em 91,8% do PIB.

No final do terceiro trimestre os países da zona euro acumulavam uma dívida pública de 9,2 trilhões de euros, dos quais os títulos de dívida representavam 79,3%, os empréstimos 17,9%, moedas e depósitos 2,8% e os empréstimos intergovernamentais no contexto da crise financeira 2,4%.

Espanha tinha 1 trilhão de euros em dívida pública no final do terceiro trimestre, dos quais 0,4% correspondiam a moedas e depósitos, 77,3% a títulos de dívida, 19,1% a empréstimos e 2,9% a créditos intergovernamentais no contexto da crise.

No conjunto da UE havia uma dívida de 12 trilhões de euros, dos quais 81% correspondia a títulos de dívida, 15,3% a créditos, 3,7% a moedas e depósitos e 1,8% a empréstimos intergovernamentais no contexto da crise.

As maiores rácios de dívida pública observaram-se no final do terceiro trimestre na Grécia (176% do PIB), Itália (131,8%) e em Portugal (131,4%).

Os mais baixos registaram-se na Estónia (10,5% do PIB), Luxemburgo (22,9%) e Bulgária (23,6%).

Comparado com o trimestre anterior, um total de 18 Estados-membros desceram a sua dívida no terceiro trimestre, nove aumentaram-na e Estônia manteve-a no mesmo nível.

As descidas mais pronunciadas deram-se no Chipre (menos 5,1 pontos percentuais), Malta (2,7 pontos) e na Hungria (2,6 pontos).

Os aumentos mais notáveis observaram-se na Bulgária (menos 3,1 pontos percentuais), Portugal (1,9 pontos) e na Dinamarca (1,6 pontos).

Comparado com o mesmo trimestre de 2013, um total de 18 Estados-membros aumentaram a sua dívida no final do terceiro trimestre de 2014 e dez desceram-na.

Os aumentos mais elevados no rácio viram-se na Eslovénia (mais 16,8 pontos), na Croácia (7,3 pontos) e na Bulgária (6,6 pontos), enquanto que as diminuições mais pronunciadas foram registadas na Irlanda (9,4 pontos), na Polónia (8,0 pontos) e no Luxemburgo (5,0 pontos).

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