China supera expectativas e cresce 7% no 2º trimestre

China supera expectativas e cresce 7% no 2º trimestre

15 julho 2015, 17:27
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A economia chinesa surpreendeu os especialistas e apresentou um crescimento de 7% no segundo semestre de 2015, mostraram os dados apresentados nesta quarta-feira (15) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O índice é o mesmo registrado pelo país no primeiro trimestre do ano e ficou 0,1% acima do esperado pelo mercado internacional. O bom resultado do Produto Interno Bruto (PIB) pode ser creditado às recentes medidas de relaxamento das políticas monetárias para incentivar o consumo. Além disso, houve redução nas taxas de juros.

O porta-voz do NBS, Sheng Laiyun, afirmou que o papel do governo foi importante para conquistar o resultado, que apesar de ser o menor dos últimos seis anos, está dentro da meta estipulada pelas autoridades.

"A política realizada pelo governo para estabilizar o crescimento, acelerar as reformas e reestruturações, melhorar os meios de subsistência e prevenir riscos tiveram papel significante para a economia", destacou Sheng à agência de notícias chinesa Xinhua.

Para ele, a economia do país tem ficado "nos níveis adequados" no primeiro semestre considerando a situação do mercado exterior e a estabilização interna.

Os dados apresentados pela NBS ainda mostram um crescimento de 6,3% na produção industrial na comparação com o mesmo período de 2014 e a criação de mais de sete milhões de novos postos de trabalho.

No primeiro semestre, o PIB chinês cresceu 29,6 trilhões de iuanes (US$ 4,85 trilhões), um crescimento de 7% em 2015.

A boa notícia veio no momento em que a China precisa conter a crise na Bolsa de Valores, que nas últimas semanas causaram uma perda de 30% em seu valor. As intervenções governamentais - que ordenaram a proibição de vendas de ações de empresa e confirmaram o apoio financeiro às instituições que emprestam dinheiro a quem quer investir na Bolsa - surtiram efeitos. Nos últimos dias, os órgãos ganharam ou tiveram perdas mínimas, dando a impressão de ter voltado à estabilidade. Essa crise pode causar atrasos no plano de Pequim de diminuir a importância das exportações nos índices e investir e reforçar o consumo interno.