Petróleo volta aos ganhos após Arábia Saudita garantir cooperação para estabilizar preços

Petróleo volta aos ganhos após Arábia Saudita garantir cooperação para estabilizar preços

23 novembro 2015, 20:00
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A matéria-prima negoceia em alta, depois de ter chegado a desvalorizar mais de 2% nos mercados internacionais. A impulsionar os preços estão os comentários da Arábia Saudita, que se diz preparada para cooperar com outros produtores, no sentido de estabilizar os preços.

O petróleo, que já esteve a negociar em forte queda esta segunda-feira, 23 de Novembro, regressou aos ganhos, depois de a Arábia Saudita ter garantido que está preparada para cooperar com os produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e fora do cartel para estabilizar os preços da matéria-prima.

 O West Texas Intermediate (WTI), que já esteve a descer mais de 3%, sobe 0,72% para 42,20 dólares, enquanto o Brent, negociado em Londres, avança 1,59% para 45,37 dólares, depois de ter chegado a desvalorizar mais de 2%.

 A contribuir para a forte descida dos preços esta manhã estiveram os comentários do ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio Del Pino, que defendeu, este domingo, na capital do Irão, que os preços do "ouro negro" podem recuar até um mínimo pouco acima dos 20 dólares por barril caso a OPEP não tome medidas para estabilizar o mercado.

A Venezuela, um dos Estados-membros da OPEP, está a pedir ao cartel que adopte uma política de "equilíbrio de preço", que inclua os custos com os novos investimentos na capacidade produtiva. "Não podemos permitir que o mercado continue a controlar o preço", afirmou Del Pino. "Os princípios da OPEP eram de actuar no preço do crude e nós temos de voltar aos princípios da OPEP", acrescentou citado pela Bloomberg.

 Os membros da OPEP reúnem-se no próximo dia 4 de Dezembro em Viena, na Áustria, para debaterem o limite máximo de produção da matéria-prima numa altura em que o Irão já sinalizou que pretende impulsionar a produção em um milhão de barris por dia cinco a seis meses após a retirada das sanções económicas ao país.

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