McDonald's que nada: Rússia irá lançar rede de fast-foods própria

McDonald's que nada: Rússia irá lançar rede de fast-foods própria

11 abril 2015, 20:42
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Esqueça as gigantes do fast-food como McDonald's, Burger King ou mesmo Subway. Na Rússia, a grande aposta é justamente uma rede nacional de restaurantes para rivalizar com as redes globais de comida rápida do Ocidente. O projeto é ambicioso por si só, mas o volume de investimento inicial também é robusto, cerca de US$ 19 milhões (1 bilhão de rublos), encabeçado pelo diretor russo ganhador do Oscar Nikita Mikhalkov. As informações são do "CNN Money".

Quando o diretor conheceu o primeiro-ministro russo Arkady Dvorkovich, na quinta-feira, Mikhalkov conseguiu garantir um empréstimo apoiado pelo governo que cobrirá 70% dos US$ 19 bilhões, de acordo com a mídia russa. Mais do que dinheiro, no entanto, Mikhalkov queria o respaldo das autoridades e foi em busca disso ao escrever uma carta para ninguém menos do que o presidente Vladimir Putin pedindo-o que apoiasse o projeto patriótico chamado "Vamos comer em casa!", afirmando que o empreendimento seria uma alternativa ao fast-food do Ocidente.

A rede de 41 restaurantes e 91 quiosques de alimentação irá utilizar produtos locais que, de acordo com a carta, devem impulsionar a agricultura do país. Além disso, cerca de um terço do menu contará com especialidades locais.

O projeto, no entanto, já foi criticado pelo ex-ministro das Finanças da Rússia, Alexei Kudrin, que pontuou que o apoio do Estado para a rede poderia prejudicar as pequenas e médias empresas.

A Rússia baniu a maioria das importações de alimentos ocidentais em resposta às sanções econômicas impostas pelo EUA e do Ocidente como um todo devido à crise na Ucrânia.

O McDonald's está entre o rol de muitas empresas que tem feito sucesso no país a despeito das medidas governamentais, como o fechamento de estabelecimentos da gigante do fast-food pela agência de vigilância do consumidor russa sob o pretexto de problemas sanitários. A companhia também teve sua filial retirada da Crimeia depois de a região ter sido anexada pela Rússia.

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