A China diminuiu o valor que os bancos têm que reter em reservas, numa tentativa de introduzir liquidez na economia, noticia a Bloomberg.
O banco central da China anunciou um corte de 50 pontos base, para 19,5%, no rácio de reservas dos bancos, a partir desta quinta-feira, 5 de Fevereiro. O corte no rácio permite aos bancos aumentar a concessão de crédito, gerando liquidez na economia, uma vez que as instituições passam a ter que guardar uma menor parcela dos depósitos que recebem.
O Banco Popular da China junta-se assim à vaga de políticas de alívio monetário de bancos centrais como o BCE e o Banco do Japão, na tentativa de estimular a economia que em 2014 cresceu, mas ao ritmo mais lento desde 1990. No último trimestre de 2014 registou-se a maior saída de capital do país desde 1998.
"O corte deve-se principalmente à saída de capital, que retira liquidez à economia interna", disse Ding Shuang, economista sénior no Citigroup Inc. em Hong Kong, à Bloomberg. "A saída de capital é uma tendência estrutural, de longo prazo, portanto precisa de um método de longo prazo" como resposta, afirmou Ding Shuang.
A medida sugere uma mudança para políticas de crescimento, que podem gerar ainda mais dívida, analisa a Bloomberg. Entre 2009 e 2013 a concessão de crédito aumentou para níveis sem precedentes na China, numa escalada que gerou crises bancárias noutras economias, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O anúncio fez disparar a bolsa. Em Singapura, o índice FTSE China A50, que agrupa as 50 maiores empresas chinesas subiu 5,5%.Em Hong Kong, o índice Hang Seng China Enterprises valorizou 1,8%.
( notícia do jornaldenegocios datado de 04 de Fevereiro de 2015 )
Pode seguir-nos no Facebook e no Twitter para acompanhar os resumos dos mercados
