Mercados em Zoom: Europa soma terceira sessão positiva à espera do BCE

Mercados em Zoom: Europa soma terceira sessão positiva à espera do BCE

2 setembro 2014, 13:25
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A dois dias da reunião mensal do BCE acentua-se a especulação em relação aos próximos passos que o banco central poderá tomar para combater a deflação e o crescimento anémico da zona euro. Acções beneficiam e o euro toca mínimos de mais de um ano.

Mota Engil 4,78€ (1,9%)
Os títulos da construtora lideram os ganhos em Lisboa depois de, como noticiado pelo Económico, um relatório da Parpública ter recomendado a proposta do consórcio liderado pela Mota-Engil para a privatização da gestora de resíduos EGF. Os ganhos do BCP, da PT - a menos de uma semana da assembleia geral que vota os novos acordos de fusão com a brasileira Oi - e da Galp levam Lisboa à sexta sessão de ganhos das últimas dez: E só a queda da EDP e Jerónimo Martins impede maiores avanços do PSI 20, que ganha 0,3%.

Stoxx Europe 600 343,98 pontos (0,33%)
As acções europeias vivem a terceira sessão consecutiva de ganhos, em máximos de mais de um mês. A especulação de que o BCE possa anunciar novas medidas na reunião de quinta-feira - Draghi já sugeriu a possibilidade de novas acções e a pressão de França e Itália tem sido visível - impulsiona as negociações no Velho Continente.

S&P 500 1.998,90 pontos (0,185%)
À espera de dados do Institute for Supply Management, que deverão demonstrar que a actividade industrial nos Estados Unidos se expandiu a um ritmo mais lento, os principais índices antecipam um regresso com ganhos às negociações, depois do feriado do Dia do Trabalho comemorado ontem. Na sexta-feira passada, último dia de negociações, as acções do S&P 500 renovaram máximos acima dos dois mil pontos.

Euribor a 6 meses 0,259% (-0,005)
A taxa mais utilizada para o crédito à habitação em Portugal soma a sétima sessão de descidas consecutivas, acompanhando uma tendência de alívio que se estende aos outros prazos. A Euribor a 12 meses desce na mesma ordem de valores, enquanto o prazo a três meses - que avalia as expectativas em torno das taxas de juro - recua 0,004 pontos percentuais, à espera do que dirá Draghi na quinta-feira.

Juros de Portugal a 10 anos 2.255% (0,026)
As "yields" associadas às obrigações portuguesas agravam em todos os prazos, seguindo o comportamento dos demais países da periferia no sul da zona euro. França e Alemanha não são excepção e descolam dos mínimos que tinham sido assegurados pelas declarações de Mario Draghi em Jackson Hole, nos EUA, que abriram a porta à possibilidade de estímulos não convencionais na zona euro - como a compra de activos em larga escala.

Euro 1,3116 dólares (0,10%)
A moeda única europeia mergulhou hoje abaixo da marca mínima de um ano e já negoceia em níveis de Julho do ano passado, enquanto os investidores esperam pela reunião dos governadores do BCE. A expectativa em torno do avanço da reforma do fundo de pensões japonês criou pressão vendedora sobre o iene, que cedeu para perto de mínimos de cinco anos face ao dólar. Pela primeira vez em cinco dias a libra esterlina recua, pressionada pela possibilidade de a Escócia sair independente do referendo do próximo dia 18.

Barril petróleo Brent $102,08 (-0,69%)
O barril brent soma duas sessões de alívios, na expectativa de que a estagnação da produção manufactureira na zona euro conhecida ontem leve a uma redução da procura por petróleo. O reforço do dólar afasta a procura pelo ouro como metal de refúgio, com o preço por onça a recuar para mínimos de uma semana. O paládio - metal usado no fabrico de catalisadores automóveis - recua dos máximos de 13 anos de ontem. O café aprecia para máximos de Maio, com a continuação de condições meteorológicas adversas à produção no Brasil.

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