Lisboa lidera ganhos na Europa em dia D para a Reserva Federal

Lisboa lidera ganhos na Europa em dia D para a Reserva Federal

16 dezembro 2015, 15:51
acm
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Praças do velho continente na linha de água à espera que a Reserva Federal possa hoje subir juros pela primeira vez em nove anos. Lisboa na frente dos ganhos, com o Banif a disparar 30%.

As ações europeias negociam pouco alteradas apesar da abertura em alta, a seguir ao fecho positivo de Wall Street e com os investidores confiantes de que um eventual aumento dos juros nos EUA – o primeiro desde 2006 – sinaliza que a economia norte-americana e mundial está suficientemente robusta para suportar o aumento do preço do dinheiro.

Depois da primeira subida de juros nos EUA – que se espera seja de 0,25% -, a questão que se coloca junto dos investidores é a que ritmo se farão os ajustamentos posteriores, tendo em conta os desenvolvimentos já alcançados no setor do emprego mas os números ainda frágeis para a inflação, que a Fed quer colocar próxima dos 2%.

Lisboa abriu o dia em linha com os ganhos do resto do velho continente, com os títulos do setor energético, Jerônimo Martins e NOS a suportar a subida de 0,36% às 9h00. Os papéis do Banif disparam 30% para 0,13 cêntimos, depois de ontem também o primeiro-ministro Antônio Costa ter assegurado que os depósitos à guarda do banco estão garantidos.

Em dia de assembleias gerais para as duas retalhistas do PSI 20 – que aprovarão a distribuição de dividendos – a Jerônimo Martins avança 0,47%, enquanto a Sonae recua 0,28%.

BPI e BCP estão em terreno negativo, a ceder mais de 0,6%, em dia de leilão do IGCP. Os juros da dívida de Portugal cedem muito ligeiramente, em linha com o resto das pares periferias (0,6 pontos base para 2,562% na maturidade a dez anos) - no dia em que o Tesouro vai aos mercados para tentar levantar o montante indicativo de mil milhões de euros, a menos de 15 dias do final do ano.

No resto do velho continente os recuos tocam agora em todas as principais praças à excepção de Lisboa, Atenas e Londres, depois de conhecida a expansão do da economia da zona euro em Dezembro, que ficou no entanto ligeiramente abaixo do previsto (54 contra 54.2, no que diz respeito às expectativas dos gestores de compras dos setores manufatureiro e dos serviços). 

Entre os títulos que mais avançam estão os da Casino Guichard-Perrachon (6,6%) depois de a retalhista ter anunciado a redução de mais de 2 mil milhões de euros em dívida em 2016.

A condicionar os mercados deverão estar ainda os preços do barril de petróleo, que recuam mais de 2% para próximo de mínimos de sete anos, depois de esta madrugada o congresso norte-americano ter dado luz verde ao fim da proibição de exportação de petróleo produzido nos EUA.

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