Dólar fecha em queda, com ação do BC ofuscando dados fracos da China

Dólar fecha em queda, com ação do BC ofuscando dados fracos da China

11 novembro 2015, 22:00
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O dólar fechou em queda sobre o real nesta terça-feira (10), em sessão marcada por instabilidade e baixo volume de negócios e pela atuação do Banco Central, que compensava em parte a aversão a risco nos mercados globais provocada por dados fracos sobre a economia chinesa.

 A moeda norte-americana caiu 0,22%, a R$ 3, 7915. Na semana, o dólar acumula alta de 0,77% e no mês, queda de 1,85%. No ano, a moeda tem valorização de 42,61%.

 "O leilão do BC acaba trazendo alguma tranquilidade, porque ele deixa claro que está atento às necessidades do mercado. O investidor pode descansar um pouco", disse à Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. "Parece que o mercado encontrou um patamar (do dólar) para trabalhar, à espera de uma notícia mais determinante, que possa dar alguma direção (ao câmbio)", acrescentou.

 Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, subia 0,23%, a R$ 3,8085.
Às 9h20, subia 0,38%, a R$ 3,8142.
Às 10h29, caía 0,17%, a R$ 3,7932.
Às 11h09, caía 0,22%, a R$ 3,7910.
Às 12h10, caía 0,02%, a R$ 3,8005.
Às 12h59, caía 0,32%, a R$ 3,787.
Às 13h18, caía 0,21%, a R$ 3,7917.
Às 14h20, caía 0,19%, a R$ 3,7925.
Às 14h50, caía 0,03%, a R$ 3,8250.
Às 15h25, subia 0,01%, a R$ 3,80.
Às 15h50, caía 0,22%, a R$ 3,7914.
Às 16h15, caía 0,18%, a R$ 3,7928.
Às 16h40, caía 0,2%, a R$ 3,7920.


China e EUA 
A atuação do BC compensava parcialmente o impacto negativo de dados fracos vindos da China. O índice de preços ao consumidor na segunda maior economia do mundo avançou 1,3% em outubro sobre um ano antes, abaixo da alta de 1,5% prevista por analistas em pesquisa da Reuters. Já o índice de preços ao produtor recuou 5,9% no período, ante expectativa de queda de 5,8%.

Sinais de fraqueza na China, combinados com apostas cada vez mais fortes de que os juros norte-americanos começarão a subir no mês que vem, vêm levando investidores a evitar ativos de maior risco, como aqueles denominados em moedas emergentes.

"Dados fracos de inflação na China voltaram a alimentar preocupações sobre o desempenho da economia mundial", disse à Reuters o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.
 

Ação do BC
A atuação do BC vem em um momento de fortes incertezas políticas e econômicas no Brasil, limitando o volume de negócios e deixando o mercado brasileiro mais sensível a operações pontuais.

"O leilão do BC traz algum alívio, apesar dos dados da China. Mas a verdade é que a liquidez está muito pequena e isso deixa o mercado bastante sensível", disse à Reuters o operador de um banco internacional, sob condição de anononimato.
 

O Banco Central ofertou nesta tarde até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. O BC também deu continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 3,552 bilhões, ou cerca de 33% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões. 

Operadores ressaltaram também que o leilão de linha, terceira oferta desse tipo neste mês, atende à demanda sazonal por dólares de fim de ano, principalmente entre exportadores.

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