Ibovespa fecha em alta com exterior, bancos e Petrobras

Ibovespa fecha em alta com exterior, bancos e Petrobras

23 outubro 2015, 08:00
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Bovespa interrompeu dois pregões de queda nesta quinta-feira, em um dia positivo para os mercados acionários no mundo, com ganho das bolsas no exterior em meio a resultados corporativos fortes nos Estados Unidos e indicações do Banco Central Europeu (BCE) de que pode estender seu programa de estímulos.

O Ibovespa subiu 1,59 por cento, a 47.772 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,6 bilhões de reais.

Paralelamente à temporada de balanços de companhias brasileiras e à cena política doméstica, investidores acompanharam a fala do presidente do BCE, Mario Draghi, que disse que o programa de compra de ativos da autoridade monetária europeia acontecerá até setembro de 2016 ou além disso, se necessário, sugerindo que os estímulos podem ser mantidos por mais tempo que o previsto.

"O mercado entendeu isso como um recado de que o BCE está mais flexível para política monetária. Como estamos sem um novo gatilho, a Bovespa basicamente segue o fluxo do capital internacional", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

Além do encerramento em alta dos negócios na China, apesar da continuidade das preocupações sobre o crescimento da segunda economia do mundo nos próximos trimestres, o índice S&P 500 subia 1,7 por cento nos EUA, criando um ambiente positivo para a Bovespa.

No cenário doméstico, questões políticas e fiscais continuaram sob escrutínio do mercado. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira que a estimativa para o déficit primário em 2015 é de 50 bilhões de reais, sem considerar o valor devido referente às "pedaladas fiscais".

DESTAQUES 

=PETROBRAS teve ganho de 3,48 por cento nas preferenciais e de 3,06 por cento nas ordinárias, em meio a notícia de que o Conselho de Administração da estatal se reúne na sexta-feira para avaliar, entre outros temas, uma primeira proposta para vender uma fatia de até 25 por cento na BR Distribuidora, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira o jornal Valor Econômico. =VALE viu suas ações ordinárias subirem 2,32 por cento e as preferenciais avançarem 0,61 por cento, depois que a empresa divulgou prejuízo no terceiro trimestre de 2,117 bilhões de dólares, em linha com pesquisa da Reuters com sete analistas. A XP Investimentos destacou que o resultado também veio em linha com suas expectativas. "Apesar do preço de minério continuar pressionando as receitas, a redução nos custos continua", disse a corretora em relatório.

=NATURA perdeu 3,27 por cento, uma das maiores baixas do Ibovespa, após a companhia divulgar queda de 38,6 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre em um resultado abaixo do esperado pela média de previsões do mercado. O BTG Pactual ressaltou em relatório que, apesar das operações internacionais e do fluxo de caixa consolidado terem sido pontos altos do balanço, os resultados no Brasil foram bastante fracos e os esforços da Natura para mudar a tendência de sua receita no país ainda são preocupantes.

=ITAÚ UNIBANCO ganhou 2,1 por cento na esteira de anúncio de que assinou contrato para comprar 50 por cento da empresa que realiza serviços de pagamento eletrônico de pedágio ConectCar por 170 milhões de reais em dinheiro.

=CCR subiu 1,43 por cento após anunciar que assumiu os direitos de um contrato de opção de compra de um terreno em que o grupo pretende construir o terceiro aeroporto da região metropolitana de São Paulo. O terreno deve custar à companhia o equivalente a 323 milhões de reais, disse à Reuters o diretor de novos negócios da companhia de infraestrutura, Leonardo Vianna.

=COSAN, cujo grupo atua no segmento de energia e combustíveis, ganhou 3,82 por cento e ficou entre as maiores altas desta quinta-feira, em meio ao avanço dos contratos futuros do açúcar bruto para máximas em oito meses na bolsa ICE, impulsionados por preocupações sobre o impacto das chuvas e do forte fenômeno climático El Niño no Brasil.

=RAIA DROGASIL e BM&FBovespa registraram as maiores altas percentuais do índice, com ganhos de 4,84 e 4,31 por cento, respectivamente, enquanto a ação preferencial da Oi teve a maior baixa, de 9,17 por cento. 

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