Fusão do BPI com o BCP daria origem à quarta cotada mais valiosa da banca

2 março 2015, 23:06
kasino
[Excluído]
0
106

A fusão entre BPI e BCP poderá estar novamente em cima da mesa, depois das tentativas falhadas de 2006 e 2007. A operação criaria a quarta maior cotada da bolsa, mas poderia significar despedimentos, dizem os analistas. 

Não é um tema novo. Quase nove anos depois, a fusão entre BPI e BCP volta a estar em cima da mesa. Agora é Isabel dos Santos que poderá apresentar este negócio como contra-proposta à OPA do CaixaBank, para forçar os catalães a subirem o preço oferecido pelo banco liderado por Fernando Ulrich, acreditam os analistas. Esta operação de consolidação resultaria na quarta maior empresa da bolsa nacional, mas teria como principal consequência "muitos despedimentos". 

A junção entre o BPI e o BCP resultaria numa entidade com uma capitalização bolsista de 6,5 mil milhões de euros. Ou seja, esta instituição seria a quarta maior cotada da bolsa nacional, superada apenas pela EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins. "A fusão dos bancos representaria não só a redução da concorrência dentro da banca como a saída de mais um membro importante do PSI-20, o que teria um impacto claramente negativo na bolsa nacional", explica Steven Santos. 

Para o gestor da XTB, "além dos problemas de concorrência, a duplicação de balcões e funcionários em muitas regiões geográficas seria uma preocupação natural de um eventual processo de fusão". Um receio também manifestado por Pedro Lino. 

"A principal consequência da fusão seria, com certeza, os muitos despedimentos que seriam anunciados", frisa o administrador da Dif Broker. 

O movimento de Isabel dos Santos "tem um intuito" que é demonstra que esta situação "só se resolve com uma subida do preço" que o CaixaBank oferece pelo BPI, sublinha Pedro Lino. E "consoante a proposta concreta a ser apresentada por Isabel dos Santos, o CaixaBank poderá mesmo de melhorar as condições financeiras, para tornar a sua oferta mais atractiva e atingir o seu objectivo de dominar o BPI", realça Steven Santos. Uma tentativa que pode ser bem-sucedida, uma vez que a empresária "conseguiu pôr os accionistas do BPI a ponderar as vantagens de integrar um mega-banco nacional". 

"No fundo, a estratégia de Isabel dos Santos é manter uma forte posição no sistema financeiro nacional, continuando a ter influência fora de Angola", conclui Pedro Lino. 

( notícia do jornaldenegocios datado de 02 de Março de 2015 ) 

Pode seguir-nos no Facebook para acompanhar os resumos dos mercados.

Compartilhe com os amigos: