Negociação quantitativa - página 30

 

Aula 8, parte 1: Fragmentação do Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 8, parte 1: Fragmentação do Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

O palestrante começa fazendo uma breve revisão das aulas anteriores, enfatizando os modelos e medidas relacionados a mercados orientados por ordens e design de mercado que foram discutidos. Eles destacam os possíveis trade-offs e as consequências não intencionais da implementação de medidas para melhorar a liquidez.

O foco da classe atual está na fragmentação do mercado, que se refere à existência de múltiplos mercados negociando o mesmo ativo. O palestrante investiga os custos e benefícios associados à fragmentação do mercado e fornece contexto histórico e regulatório para entender melhor seu impacto.

A palestra explora como a microestrutura dos mercados financeiros evoluiu, levando à fragmentação do mercado. No passado, os ativos eram negociados apenas na bolsa em que estavam listados. No entanto, com a listagem cruzada e a admissão para negociação, os ativos agora podem ser negociados em várias bolsas. O palestrante explica os conceitos de cross-listing, em que uma empresa cumpre requisitos para ser listada em outra bolsa, e de ser admitida à negociação, em que as bolsas europeias permitem que as empresas negociem sem um procedimento explícito. Essa mudança levou a maioria das ações a serem negociadas em várias bolsas.

Os formuladores de políticas responderam ao desafio da fragmentação do mercado de diferentes maneiras. Alguns optaram pela consolidação artificial, visando reduzir a fragmentação por meios virtuais ou estabelecendo conexões entre múltiplos mercados. Nos Estados Unidos, regulamentações como a proteção de ordens exigem que as ordens de mercado sejam automaticamente roteadas para a melhor oferta ou oferta nacional, garantindo um livro de ofertas unificado. Por outro lado, a regulamentação da União Européia proíbe regras de concentração, permitindo que empresas nacionais negociem em bolsas de sua escolha e fomentando a fragmentação. O palestrante examina os efeitos potenciais da fragmentação, incluindo violações de regras de prioridade em mercados com carteiras de ordens limitadas, onde podem existir diferentes regras de prioridade para ordens dentro do mesmo preço.

A palestra aprofunda as regras de ordem de prioridade e o conceito de prioridade de visibilidade na microestrutura do mercado financeiro. Prioridade de visibilidade refere-se a ordens de limite ocultas sendo executadas antes das visíveis, o que pode levar a violações de regras de prioridade. Além disso, a fragmentação do mercado pode dificultar a busca pelo melhor preço, resultando potencialmente em uma pior descoberta de preço, pois as informações sobre o valor fundamental do ativo se dispersam em diferentes mercados. Essa dispersão leva a custos de negociação mais altos e dificulta a descoberta de preços.

O conceito de fragmentação do mercado é mais explorado em termos de seu impacto nos custos de negociação e na liquidez. Embora os mercados fragmentados possam reduzir a liquidez geral, eles também podem levar a custos de negociação mais baixos devido ao aumento da concorrência entre bolsas e plataformas. Os comerciantes também podem se beneficiar da descoberta de preços aprimorada, pois as informações são distribuídas em vários mercados. Além disso, mercados fragmentados podem resultar em maior liquidez total à medida que mais provedores de liquidez participam, potencialmente atraindo mais traders. A palestra fornece um exemplo do mercado de ações holandês antes de 2003, onde a entrada de novos concorrentes levou a menores custos de negociação para os traders.

O vídeo enfatiza como a fragmentação do mercado, caracterizada pela presença de múltiplas plataformas de negociação para o mesmo instrumento, pode influenciar a concorrência e os preços nos mercados financeiros. O palestrante cita o exemplo da Euronext, player dominante no mercado de negociação de ações holandesas, que enfrenta a concorrência da Deutsche Bursa e da London Stock Exchange. Em resposta, a Euronext reduziu as taxas de entrada e execução de ordens, levando a reduções de preço que beneficiaram os traders. No entanto, a fragmentação também aumenta os custos de pesquisa para os comerciantes que precisam navegar em várias bolsas para encontrar o melhor preço antes de fazer seus pedidos.

O palestrante aborda os desafios impostos pela fragmentação do mercado, principalmente a dificuldade de buscar o melhor preço nos mercados financeiros. Fatores como a profundidade de diferentes mercados, pedidos ocultos e dark pools de liquidez contribuem para a complexidade e custo do processo de busca. Além disso, há um desalinhamento de incentivos entre corretores e comerciantes, e a implementação de contratos baseados em desempenho torna-se um desafio. As bolsas também podem influenciar os incentivos dos corretores, oferecendo pagamento para direcionar o fluxo de pedidos para uma determinada bolsa, podendo gerar conflitos de interesse.

O palestrante destaca como as regras de proteção à ordem podem ser quebradas, levando a problemas de agência, e enfatiza o papel das regulamentações na abordagem dessas questões. Nos EUA, as regras de proteção de pedidos exigem que os pedidos sejam executados ao melhor preço, mas esse mecanismo funciona de maneira eficaz para pedidos pequenos. Para pedidos maiores, as regras de proteção exigem subir no livro de pedidos ou permitir que os corretores encaminhem os pedidos como entenderem. Os desafios também surgem da incorporação de taxas de câmbio e diferentes tamanhos de ticks entre as bolsas. A regulamentação dos EUA exige um tamanho mínimo de tick de um centavo para todas as trocas que participam do sistema de proteção de pedidos, enquanto a Europa impõe melhores regras de execução aos corretores.

A formulação dos requisitos de execução do corretor é discutida, destacando como os corretores podem considerar fatores além do preço, como taxas e tempos de execução. A palestra então revisita o modelo Kyle, que envolve um ativo arriscado com distribuição normal de valor fundamental, três tipos de agentes e um formador de mercado que observa o fluxo agregado de pedidos e precifica o ativo com base no valor fundamental esperado.

O palestrante explica que o modelo consiste em duas equações, uma para a tabela de preços e outra para o tamanho ótimo do pedido do revendedor. Neste ponto, as únicas variáveis desconhecidas restantes são beta e lambda, que podem ser resolvidas. Isso leva à derivação de uma estratégia de negociação linear e expressa beta e lambda em termos de parâmetros do modelo, como a variância de visão de sigma e a variância de V. Além disso, o lucro do especulador e o custo médio de negociação podem ser calculados. A palestra menciona que o modelo engloba não apenas um mercado, mas dois, que serão mais aprofundados a seguir.

  • 00:00:00 O palestrante fornece uma rápida recapitulação das aulas anteriores, onde examinaram vários modelos relacionados a mercados orientados a pedidos e design de mercado, juntamente com as medidas que podem melhorar a liquidez, mas saem pela culatra devido ao seu efeito nos incentivos dos traders . O foco desta classe está na fragmentação do mercado, que se refere à coexistência de vários mercados negociando o mesmo ativo. A palestra explora os potenciais custos e benefícios da fragmentação e também fornece contexto histórico e regulatório. Os alunos são convidados a revisitar alguns dos modelos discutidos anteriormente para melhor compreender o impacto da fragmentação.|

  • 00:05:00 O palestrante discute a dinâmica de mudança da microestrutura dos mercados financeiros e como a fragmentação do mercado está ocorrendo devido à disponibilidade de negociação de vários ativos em várias bolsas. No passado, os ativos eram negociados apenas na bolsa em que estavam listados. No entanto, a listagem cruzada e a admissão para negociação mudaram essa configuração. A listagem cruzada é quando uma empresa preenche todos os requisitos para ser listada em outra bolsa, o que pode ser um procedimento caro. Admitido para negociação é quando as bolsas europeias permitem que as empresas negociem em sua plataforma sem exigir que elas passem por um procedimento explícito. Essa mudança significa que estar listado em uma bolsa não é mais um requisito para poder negociar em outra. O palestrante afirma que hoje em dia a maioria das ações é negociada em múltiplas bolsas.

  • 00:10:00 O palestrante explica como os formuladores de políticas têm respondido ao desafio da fragmentação do mercado, reduzindo-o artificialmente por meio de consolidação virtual ou estabelecendo conexões entre vários mercados. Por exemplo, a regulamentação dos EUA impõe proteção de ordem, onde as ordens de mercado são automaticamente roteadas para a melhor oferta ou oferta nacional, garantindo que os investidores atuem contra um livro de ofertas unificado. Por outro lado, a regulamentação da UE proíbe as regras de concentração e exige que as empresas nacionais não precisem negociar em bolsas nacionais, fomentando a fragmentação. O palestrante explora os possíveis efeitos da fragmentação, como a violação das regras de prioridade estabelecidas em mercados com carteiras de ofertas limitadas, onde podem existir diferentes regras de prioridade para ordens dentro do mesmo preço.

  • 00:15:00 A palestra discute as regras de prioridade de ordens e o conceito de prioridade de visibilidade na microestrutura do mercado financeiro. Prioridade de visibilidade refere-se a quando as ordens de limite ocultas são executadas antes das visíveis, e isso pode levar a violações das regras de prioridade. Além disso, a fragmentação do mercado pode dificultar a busca pelo melhor preço e pode levar a uma pior descoberta de preço porque as informações sobre o valor fundamental do ativo estão dispersas entre diferentes mercados. Isso resulta em custos de negociação mais altos para os comerciantes e pior descoberta de preço.

  • 00:20:00 O palestrante discute o conceito de fragmentação do mercado e seu potencial impacto nos custos de negociação e liquidez. Embora mercados fragmentados possam levar a uma liquidez mais baixa em geral, também podem resultar em custos de negociação mais baixos devido ao aumento da concorrência entre diferentes bolsas e plataformas. Além disso, os comerciantes podem se beneficiar de uma melhor descoberta de preços, pois as informações e os sinais estão dispersos em vários mercados. Por fim, mercados fragmentados podem levar a uma maior liquidez total, pois os provedores de liquidez são menos concentrados e podem obter lucros potencialmente maiores, atraindo mais traders para se tornarem provedores de liquidez. A palestra fornece um exemplo do mercado de ações holandês antes de 2003, onde uma única bolsa dominava o mercado até que novos concorrentes surgissem, levando a custos de negociação mais baixos para os traders.

  • 00:25:00 O vídeo discute como a fragmentação do mercado, ou a presença de múltiplas plataformas de negociação para o mesmo instrumento, pode afetar a concorrência e os preços nos mercados financeiros. É dado um exemplo da Euronext, um conglomerado que tinha uma participação de mercado dominante na negociação de ações holandesas até que os concorrentes Deutsche Bursa e a London Stock Exchange lançaram suas próprias plataformas. Para competir, a Euronext reduziu substancialmente suas taxas de entrada e execução de ordens, o que reduziu os preços e beneficiou os traders. No entanto, a desvantagem da fragmentação é que ela também aumenta os custos de pesquisa para os traders que precisam encontrar o melhor preço em várias bolsas antes de fazer seus pedidos.

  • 00:30:00 O palestrante aborda os desafios da fragmentação do mercado e a dificuldade em buscar o melhor preço nos mercados financeiros. A profundidade de diferentes mercados, ordens ocultas e dark pools de liquidez tornam a busca difícil e cara. Há também um desalinhamento de incentivos entre corretores e comerciantes, e contratos baseados em desempenho são difíceis de implementar. Além disso, as bolsas podem distorcer os incentivos para os corretores ao pagá-los para direcionar o fluxo de pedidos para uma determinada bolsa, o que pode levar a conflitos de interesse.

  • 00:35:00 O palestrante discute como as regras de proteção da ordem podem quebrar e levar a problemas de agência e como esses problemas podem ser resolvidos por meio de regulamentos. Os EUA têm regras de proteção de pedidos que exigem que os pedidos sejam executados ao melhor preço, mas isso só funciona para pedidos pequenos, pois pedidos maiores exigem que as regras de proteção subam no livro ou sejam roteadas da maneira que o corretor desejar. Também há problemas em não incorporar taxas de câmbio e diferentes tamanhos de ticks entre as bolsas. A regulamentação dos EUA determina que todas as trocas que participam do sistema de proteção de pedidos devem ter um tamanho de tick de pelo menos um centavo, enquanto a Europa tem melhores regras de execução impostas aos corretores.

  • 00:40:00 O palestrante discute a formulação dos requisitos de execução do corretor e como eles permitem que os corretores levem em consideração outros fatores além do preço, como taxas e tempos de execução. Eles então passam a discutir os custos de negociação e como eles são difíceis de comparar em abstrato devido a circunstâncias de mercado variáveis. A palestra então passa para uma atualização do modelo Kyle, que inclui um ativo arriscado com uma distribuição normal de valor fundamental, três tipos de agentes e um formador de mercado que observa o fluxo de pedidos agregados e precifica o ativo de acordo com o valor fundamental esperado.

  • 00:45:00 O palestrante explica que o modelo mencionado anteriormente possui duas equações - uma para a tabela de preços e outra para o tamanho ideal do pedido do revendedor. As únicas variáveis desconhecidas restantes neste ponto são beta e lambda, ambas as quais podem ser resolvidas. Isso leva à derivação de uma estratégia de negociação linear e expressa beta e lambda em termos de parâmetros do modelo, como a variância de visão de sigma e a variância de V. Além disso, o lucro do especulador e o custo médio de negociação também podem ser calculados. O palestrante também menciona que no modelo, não há apenas um mercado, mas dois mercados nos quais a negociação acontece, o que será melhor explicado a seguir.
 

Aula 8, parte 2: Fragmentação do Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)


Aula 8, parte 2: Fragmentação do Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

Voltemos ao nosso modelo quiral, mas desta vez com mercados fragmentados. Em vez de um único mercado, agora temos dois mercados. Cada mercado tem um revendedor competitivo, bem como um insider que conhece o valor do ativo com precisão. Os noise traders são divididos em dois grupos, U1 e U2, e são considerados independentes. A ideia é comparar o caso de dois mercados fragmentados com o caso em que todos participam do mesmo mercado ou apenas noise traders participam do mesmo mercado.

Para resolver este novo modelo, seguimos a mesma abordagem anterior, mas com algumas modificações. A principal diferença é que agora temos volatilidades (Sigma UI) em cada mercado. Podemos calcular os preços que resultariam em cada mercado usando uma expressão semelhante ao caso de mercado consolidado, exceto por um termo adicional.

Se tomarmos o valor esperado do preço, o último termo desaparece porque a expectativa de U é zero. Então, os preços médios serão os mesmos nos dois mercados, assim como no mercado consolidado. No entanto, no curto prazo, os preços podem diferir devido a esse prazo adicional.

Ao considerar a variância dos preços (P), verificamos que a variância de cada preço nos mercados fragmentados será igual à variância do mercado consolidado. Isso ocorre porque o termo Sigma UI cancela com a variação de U.

Passando para os aspectos mais interessantes, exploramos o impacto da fragmentação nos volumes de negociação e nos lucros. Os volumes negociados por traders informados em cada mercado seguem estratégias lineares, com valores de beta dados pela razão de volatilidades (Sigma UI / Sigma V). Se somarmos os volumes totais negociados nos dois mercados, obtemos uma expressão que pode ser comparada ao tamanho da ordem no mercado consolidado. A comparação revela que o volume total negociado em mercados fragmentados é maior do que no mercado consolidado.

No entanto, quando calculamos os lucros dos operadores informados, que são iguais à perda esperada dos operadores desinformados, verificamos que a perda esperada no mercado fragmentado é maior do que no mercado consolidado. Isso implica que os noise traders sofrem uma perda maior em mercados fragmentados, e isso pode levar a uma menor participação dos noise traders no longo prazo.

Por outro lado, os traders informados prosperam em mercados fragmentados, à medida que seus lucros aumentam. Isso pode não ser desejável, pois distorce os preços de mercado, mas contribui para a descoberta de preços. Portanto, embora existam prós e contras em mercados fragmentados em relação à negociação informada, é crucial considerar o impacto nas perdas dos traders de ruído e na liquidez geral do mercado.

Outro aspecto a examinar é a profundidade do mercado. Em mercados fragmentados, a profundidade em cada mercado é menor do que no mercado consolidado. No entanto, ao considerar a profundidade agregada em ambos os mercados, o mercado fragmentado pode ser mais profundo em termos de profundidade total.

Em relação à descoberta de preços, a negociação informada é frequentemente considerada um proxy para a descoberta de preços. Quanto mais informações ocorrerem, mais descoberta de preço é esperada. A forma linear da equação de preço se mantém mesmo considerando a distribuição do valor fundamental (V) condicionada às informações reveladas em ambos os mercados. Essas informações podem ser observadas por meio das quantidades comercializadas ou dos preços resultantes.

o, temos um trader que pode negociar em ambos os mercados, atuando como um dispositivo de seguro para os dealers. A fragmentação não afeta esse mecanismo de seguro. No entanto, é importante observar que os revendedores ainda podem negociar e fornecer seguros uns aos outros, mesmo em mercados fragmentados, portanto, o motivo de compartilhamento de risco não é um forte motivo para consolidação.

Agora, vamos discutir brevemente o modelo de mercado de limite ou orientado por ordem de Clausten. Nesse modelo, descobrimos que a profundidade agregada do mercado fragmentado é maior do que a profundidade do mercado consolidado. Essa conclusão se alinha com o modelo de Kyle, embora as razões subjacentes sejam diferentes.

Passando às especificidades do modelo de Clausten, assumimos dois mercados assimétricos: um mercado incumbente (I) e um novo mercado de entrada (II). Os participantes do mercado se comportam de maneira semelhante a antes, com as ordens de mercado sendo divididas entre os dois mercados com base em certas probabilidades.

O modelo revela que a profundidade total no mercado fragmentado (barra Y) é maior que a profundidade em um mercado consolidado. Isso ocorre porque a fragmentação permite que os traders ignorem a prioridade de preço, levando a profundidades maiores. A intuição aqui é semelhante ao conceito de alocação pro rata versus prioridade de tempo, onde a alocação pro rata pode resultar em mercados mais profundos. Além disso, há um valor crítico de sofisticação do trader (gama) abaixo do qual o mercado de entrada não pode sobreviver, destacando a importância de atrair uma massa crítica de traders para a viabilidade do mercado.

Vale a pena mencionar que o modelo assume um tamanho de tick positivo, ao contrário do mundo real, onde muitas vezes temos custos de exibição negativos para ordens limitadas. Por fim, reconhecemos que a fragmentação do mercado tem vantagens e custos, impactando os custos de negociação e a profundidade do mercado.

Para resumir, mercados fragmentados têm implicações para volumes de negociação, lucros, profundidade de mercado e descoberta de preços. Os comerciantes informados tendem a se beneficiar de mercados fragmentados, enquanto os comerciantes de ruído sofrem maiores perdas. A profundidade do mercado pode diminuir em mercados individuais, mas pode aumentar em conjunto. A descoberta de preço é influenciada pelo nível de negociação informada em ambos os mercados.

Neste ponto, concluo a discussão sobre a fragmentação do mercado. Eu recomendo resolver o exercício três no capítulo sete sobre corretores que recebem pagamentos de fluxo de ordens para explorar como esses pagamentos afetam os resultados do mercado. Também enviarei alguns artigos relacionados ao epsilon para leitura posterior. Obrigado por hoje e peço desculpas por ultrapassar o tempo. Lembre-se, não haverá aula nesta sexta-feira, mas nos encontraremos na próxima semana no Twitch. Sinta-se à vontade para fazer qualquer pergunta antes de encerrarmos. Adeus e cuide se!

 

Aula 9, parte 1: Transparência de Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 9, parte 1: Transparência de Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

A palestra começa revisando a discussão da sessão anterior sobre a fragmentação do mercado e seus custos e benefícios. O foco da palestra atual é a transparência do mercado e seu impacto nos resultados do mercado. Embora os mercados financeiros sejam geralmente considerados transparentes devido à disponibilidade de preços históricos e dados comerciais, ainda existem importantes assimetrias de informação. Diferentes mercados têm diferentes níveis de transparência, e o tipo de transparência pode ter efeitos variados no mercado.

O palestrante explica que a transparência do mercado significa que todos os participantes observam o mesmo tipo de informação, eliminando a questão da fragmentação. A transparência pode ser categorizada em três tipos: informações pré-negociação, informações disponíveis durante a negociação e informações pós-negociação. As trocas lucram com a venda desses dados, mas visam encontrar um equilíbrio entre liberar informações suficientes para definir um preço razoável e não fornecer dados gratuitamente ou ajudar seus concorrentes. É importante observar que diferentes traders possuem diferentes informações, levando a informações assimétricas no mercado, o que pode resultar em fricções de mercado.

Os regulamentos desempenham um papel crucial na garantia da transparência do mercado nos mercados financeiros. O palestrante discute como as leis e regras na Europa e nos EUA regem a transparência do mercado. O objetivo desses regulamentos é garantir que informações suficientes sejam divulgadas antes da negociação, e as empresas são obrigadas a divulgar informações relevantes para diminuir o grau de assimetria de informações entre traders informados e menos informados. Nos EUA, um sistema centralizado chamado National Marketplace System (NMS) coleta informações sobre todas as negociações de ativos financeiros, promovendo a transparência.

Para ilustrar o impacto da transparência do mercado, a palestra fornece um exemplo do mundo real envolvendo a tentativa do rapper Jay-Z de comprar de volta o serviço de streaming Tidal. O preço das ações da Tidal subiu para um nível sem precedentes antes que as negociações fossem interrompidas, deixando alguns traders comprando ações a 11 coroas que mais tarde teriam que vender por uma coroa. Este exemplo destaca que a transparência não é apenas sobre a informação estar disponível, mas também sobre ser facilmente acessível, acessível e compreensível.

O palestrante apresenta o conceito de transparência de mercado em relação ao Paradoxo da Loja da Cadeia de Diamantes. O paradoxo afirma que em um mercado onde os consumidores buscam sequencialmente o melhor preço, todas as empresas precisam estabelecer o mesmo preço para se manterem competitivas. No entanto, ao fazer isso, cada empresa obtém poder de mercado e pode cobrar um preço acima do equilíbrio. Nos mercados financeiros, isso se traduz em revendedores cobrando cotações de compra e venda que maximizam o lucro, eliminando a subcotação usual causada pela concorrência. Os comerciantes são obrigados a abordar vários revendedores para obter o melhor preço, resultando em spreads de preços mais amplos. A solução para esse problema é a transparência do mercado, onde os revendedores podem publicar publicamente seus preços para que todos possam ver.

O palestrante aprofunda o impacto da transparência de mercado nos custos de busca nos mercados financeiros. Os custos de pesquisa afetam o poder de mercado dos revendedores e comerciantes. Os revendedores, que têm mais poder de mercado devido à menor visibilidade, preferem a falta de transparência. Em contraste, os traders enfrentam custos de busca mais altos e sofrem com spreads maiores quando a transparência está ausente. A falta de transparência diminui a eficiência do mercado devido ao aumento dos custos de transação. Os reguladores reforçam a transparência para obrigar os revendedores e criadores de mercado a fornecer eficiência, exigindo que publiquem cotações. Embora os melhores preços de compra e venda estejam disponíveis no mercado, avaliar a profundidade do mercado e sua resposta a mudanças no tamanho do pedido torna-se um desafio.

A palestra apresenta um modelo Kyle de forma reduzida para discutir os efeitos da incerteza de profundidade nos mercados financeiros. O modelo assume que a profundidade, representada por lambda, determina a regra de precificação para os formadores de mercado. No entanto, os comerciantes estão incertos sobre o valor do lambda, o que afeta seu comportamento comercial. Em mercados transparentes, os comerciantes podem observar lambda, enquanto em mercados opacos, não. O tamanho ótimo da negociação é inversamente proporcional a 1/lambda em um mercado transparente e 1/lambda esperado em um mercado opaco. A palestra também apresenta a desigualdade de Jensen, que afirma que o valor esperado de uma função convexa é maior ou igual à função convexa do valor esperado.

O palestrante explica como a transparência do mercado impacta o volume negociado. Em mercados transparentes, o volume esperado de negociação é maior do que em mercados opacos devido à aversão ao risco entre os operadores informados. A palestra utiliza um gráfico para demonstrar a relação entre os lucros do trader e o tamanho do pedido para diferentes valores de lambda, mostrando como a incerteza sobre o lambda influencia o comportamento da negociação. Quando os comerciantes informais estão incertos sobre a profundidade do mercado, eles negociam com base no valor esperado de X, resultando em menor volume de negócios em comparação com mercados transparentes.

O palestrante enfatiza a importância do lambda, o coeficiente de impacto do preço, na redução do nível médio de X e seu efeito na transparência do mercado. Em situações em que lambda é alto, mesmo uma ligeira diminuição em X leva a um efeito de preço mais forte. Por outro lado, se o lambda estiver baixo, uma pequena queda no preço terá um impacto limitado. Os comerciantes estão mais preocupados com lambda ser alto do que baixo. A palestra termina sugerindo a próxima seção, que focará na transparência do fluxo de pedidos e no debate sobre se essas informações devem ser disponibilizadas a todos os revendedores.

Na próxima seção da palestra, o palestrante se aprofunda no conceito de transparência do fluxo de pedidos e no debate contínuo em torno de sua disponibilidade para todos os revendedores do mercado. A transparência do fluxo de ordens refere-se à visibilidade das informações sobre o fluxo de ordens, incluindo as identidades dos compradores e vendedores, a quantidade de ordens e o tempo das negociações.

O palestrante reconhece que existem opiniões divergentes sobre se a transparência do fluxo de pedidos deve ser universalmente acessível. Os proponentes argumentam que o aumento da transparência permite um mercado mais eficiente, reduzindo a assimetria de informações e facilitando a descoberta de preços mais justos. Eles acreditam que tornar as informações do fluxo de pedidos disponíveis para todos os participantes do mercado promove uma concorrência saudável e melhora os resultados gerais do mercado.

No entanto, os oponentes argumentam que o acesso irrestrito às informações do fluxo de pedidos pode levar a consequências negativas. Eles afirmam que grandes investidores institucionais, como formadores de mercado ou operadores de alta frequência, podem explorar essa vantagem de informações em seu benefício, prejudicando potencialmente pequenos investidores ou comerciantes de varejo. Além disso, as preocupações com o front-running, em que os traders com acesso às informações do fluxo de pedidos podem explorá-las para ganho pessoal, alimentam ainda mais o debate.

O palestrante passa a explorar as diferentes abordagens adotadas pelos reguladores em relação à transparência do fluxo de pedidos. Em algumas jurisdições, os regulamentos exigem a divulgação de informações sobre o fluxo de pedidos para garantir um campo de atuação equitativo para todos os participantes do mercado. Este tipo de transparência visa prevenir vantagens injustas e promover a integridade do mercado.

No entanto, também existem abordagens alternativas. Por exemplo, alguns reguladores optam por uma disseminação mais controlada das informações do fluxo de pedidos. Eles podem limitar o acesso a esses dados ou introduzir relatórios atrasados para mitigar possíveis impactos negativos.

O palestrante enfatiza que alcançar o equilíbrio certo entre a transparência do fluxo de pedidos e a eficiência do mercado é uma tarefa complexa. Os reguladores precisam considerar vários fatores, incluindo o tamanho e a estrutura do mercado, a natureza dos participantes e os riscos potenciais associados ao acesso irrestrito às informações do fluxo de pedidos.

Para ilustrar as implicações práticas da transparência do fluxo de pedidos, o palestrante fornece um exemplo do mundo real. Eles discutem um cenário hipotético em que um mercado com total transparência no fluxo de pedidos apresenta maior atividade comercial, spreads bid-ask reduzidos e maior liquidez. Nesse caso, os participantes do mercado têm acesso a informações abrangentes sobre o fluxo de ordens, permitindo-lhes tomar decisões de negociação mais informadas.

Por outro lado, o palestrante também destaca possíveis desvantagens. Eles explicam como certos participantes do mercado, como investidores institucionais, podem reter estrategicamente suas informações de fluxo de pedidos para manter uma vantagem competitiva. Esse comportamento pode prejudicar a transparência e levar a resultados de mercado distorcidos.

A palestra termina com o palestrante fazendo perguntas instigantes para encorajar mais reflexão e discussão. Eles incentivam o público a contemplar as compensações associadas à transparência do fluxo de pedidos, o impacto potencial sobre os diferentes participantes do mercado e o papel dos regulamentos em atingir o equilíbrio certo.

Ao examinar as nuances e implicações da transparência do fluxo de ordens, a palestra fornece informações valiosas sobre o debate em andamento em torno desse tópico e leva o público a avaliar criticamente a importância da transparência nos mercados financeiros.

Após a discussão sobre a transparência do fluxo de pedidos, o palestrante muda o foco para o conceito mais amplo de transparência do mercado e seu impacto nos resultados do mercado. A transparência do mercado refere-se à disponibilidade e acessibilidade de informações nos mercados financeiros, que desempenham um papel crucial na formação da dinâmica do mercado e no comportamento dos participantes.

O palestrante explica que, embora os mercados financeiros sejam geralmente considerados transparentes devido à abundância de preços históricos e dados comerciais, é importante reconhecer que nem todas as informações relevantes são igualmente acessíveis. Diferentes mercados podem variar em termos do tipo e extensão das informações que tornam observáveis ou prontamente disponíveis para os participantes do mercado.

Para explorar ainda mais os efeitos da transparência do mercado, o palestrante distingue três categorias de informações: informações pré-negociação, informações disponíveis durante a negociação e informações pós-negociação. As informações pré-negociação abrangem dados sobre o spread bid-ask, profundidade do livro de pedidos e pedidos pendentes, que podem influenciar as decisões de negociação e a formação de preços. As informações disponíveis durante a negociação referem-se a atualizações em tempo real sobre as negociações sendo executadas, enquanto as informações pós-negociação incluem detalhes sobre as transações concluídas, como preços e volumes.

O palestrante destaca que a transparência do mercado não é um conceito único. Diferentes tipos de transparência podem ter efeitos variados nos resultados do mercado. Por exemplo, o aumento da transparência pré-negociação pode aumentar a eficiência de preços e reduzir a assimetria de informações entre os participantes do mercado, levando a preços mais precisos. Por outro lado, a transparência excessiva durante a negociação pode potencialmente expor as intenções e estratégias dos traders, impactando negativamente sua capacidade de executar negócios a preços favoráveis.

O palestrante também reconhece que as bolsas obtêm lucros com a venda de dados de mercado. Embora as exchanges busquem um equilíbrio entre liberar informações suficientes para estabelecer preços justos e evitar fornecer dados gratuitamente ou ajudar seus concorrentes, podem surgir conflitos de interesse. O palestrante explica que essa dinâmica contribui para a presença de informações assimétricas no mercado, que podem criar atritos e impactar o comportamento da negociação.

Para enfrentar os desafios associados à transparência de mercado, o palestrante destaca o marco regulatório implementado tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Esses regulamentos visam garantir que as informações relevantes sejam divulgadas antes que os negócios ocorram, reduzindo o grau de assimetria de informações entre operadores informados e menos informados. Nos Estados Unidos, o National Marketplace System (NMS) serve como um sistema centralizado que coleta informações sobre transações em vários ativos financeiros, promovendo a transparência e melhorando a integridade do mercado.

Para ilustrar as implicações práticas da transparência de mercado, o palestrante apresenta um exemplo do mundo real envolvendo a aquisição de um serviço de música por um músico. As consequências da transparência, particularmente no que diz respeito à recompra de ações pelo executor, demonstram como o acesso à informação dos participantes do mercado pode moldar sua tomada de decisão e os subsequentes resultados do mercado.

Ao examinar as nuances da transparência do mercado e sua regulamentação, a palestra fornece uma compreensão abrangente de seu impacto nos mercados financeiros. Ele enfatiza a importância de encontrar um equilíbrio entre transparência e eficiência de mercado, bem como o papel dos regulamentos em garantir práticas de mercado justas e transparentes.

No final da palestra, o público é incentivado a avaliar criticamente os benefícios e os desafios associados à transparência do mercado. O palestrante enfatiza a natureza dinâmica da transparência do mercado e a necessidade contínua de reguladores, participantes do mercado e acadêmicos se adaptarem e abordarem questões emergentes para promover mercados financeiros transparentes e eficientes.

  • 00:00:00 Nesta seção da palestra sobre a microestrutura dos mercados financeiros, o foco é a transparência do mercado. O palestrante começa com uma rápida revisão da palestra anterior que falou sobre os custos e benefícios da fragmentação do mercado. A palestra de hoje explorará um tópico relacionado, transparência de mercado e como isso afeta os resultados do mercado. Embora os mercados financeiros sejam geralmente vistos como transparentes devido à disponibilidade de preços históricos e dados comerciais, algumas informações importantes não estão disponíveis. Os mercados diferem em termos do que tornam observável ou acessível. Diferentes tipos de transparência também podem ter diferentes efeitos no mercado.

  • 00:05:00 O palestrante discute transparência de mercado na microestrutura dos mercados financeiros. É explicado que a transparência do mercado significa que todos os participantes do mercado observam o mesmo tipo de informação, negando a questão da fragmentação. As três categorias de transparência são informações pré-negociação, durante a negociação e informações pós-negociação. O palestrante destaca que as bolsas lucram com a venda desses dados, mas visam equilibrar a liberação de informações suficientes para definir um preço razoável, sem fornecer dados gratuitamente ou ajudar seus concorrentes. O palestrante explica que diferentes traders terão diferentes informações, levando a informações assimétricas no mercado, o que pode gerar atritos.

  • 00:10:00 O palestrante discute o conceito de transparência de mercado e como ela é regulamentada nos mercados financeiros por meio de leis e regras na Europa e nos EUA. O objetivo desses regulamentos é garantir que informações suficientes sejam divulgadas antes da negociação e que as empresas devam divulgar informações relevantes para diminuir o grau de assimetria de informações no mercado entre traders informados e menos informados. A palestra menciona um sistema centralizado nos Estados Unidos chamado National Marketplace System (NMS), que coleta informações sobre todas as negociações ocorridas em ativos financeiros. A seção termina com um exemplo do mundo real de como um artista musical adquiriu um serviço de música e as consequências da transparência em relação à recompra de ações pelo artista.

  • 00:15:00 O palestrante discute um exemplo de transparência de mercado, ou falta dela, relacionado à tentativa do rapper Jay-Z de comprar de volta o serviço de streaming Tidal. O preço das ações subiu a um nível sem precedentes antes que as negociações fossem interrompidas, deixando alguns traders comprando ações a 11 coroas que teriam de vender a uma coroa. O palestrante observa que a transparência não é apenas sobre a informação estar disponível, mas também que ela deve ser acessível, barata e digerível. A palestra então se aprofunda em três tipos de transparência e como eles variam nos mercados. Em alguns mercados, as cotações estão prontamente disponíveis, enquanto em outros, como mercados OTC, você deve entrar em contato ativamente com os revendedores para obter informações sobre os preços.

  • 00:20:00 O palestrante discute o Paradoxo da Loja da Cadeia de Diamantes e como ele se aplica à microestrutura dos mercados financeiros. O paradoxo afirma que em um mercado onde os consumidores buscam sequencialmente o melhor preço, todas as empresas precisam definir o mesmo preço para se manterem competitivas, mas ao fazer isso, cada empresa tem poder de mercado e pode cobrar um preço acima do equilíbrio. No caso dos mercados financeiros, isso significa que os revendedores cobram cotações de compra e venda que maximizam o lucro, e a subcotação que geralmente leva à concorrência não se aplica mais. Os comerciantes precisam abordar vários revendedores para obter o melhor preço, levando a uma ampla variação nos preços. A solução é a transparência do mercado, onde os revendedores podem postar seus preços para que todos possam ver.

  • 00:25:00 O instrutor discute a transparência do mercado em microestrutura. O conceito de custo de busca nos mercados financeiros é introduzido e como isso afeta o poder de mercado dos negociantes e comerciantes é explicado. Os dealers, que têm mais poder de mercado devido à menor visibilidade, ficariam felizes se o mercado não fosse transparente, enquanto os traders enfrentam um custo de busca maior e sofrem devido a spreads maiores na ausência de transparência. A eficiência do mercado será menor devido aos custos de transação neste tipo de situação. Para forçar os revendedores e criadores de mercado a fornecer eficiência, os reguladores reforçam a transparência e exigem que eles publiquem as cotações. Embora os melhores preços de compra e venda estejam disponíveis no mercado, é difícil avaliar a profundidade do mercado e sua reação a uma mudança no tamanho do pedido.

  • 00:30:00 O palestrante discute os efeitos da incerteza de profundidade nos mercados financeiros usando um modelo Kyle de forma reduzida. O modelo assume que a profundidade lambda representa a regra de precificação para os formadores de mercado, mas os comerciantes estão incertos sobre o valor do lambda, o que afeta seu comportamento comercial. Em mercados transparentes, os traders podem observar lambda, mas em mercados opacos, não. O tamanho ótimo da negociação é inversamente proporcional a 1/lambda em um mercado transparente e 1/lambda esperado em um mercado opaco. O uso da desigualdade de Jensen, que afirma que o valor esperado de uma função convexa é maior ou igual à função convexa do valor esperado, também é introduzido.

  • 00:35:00 O palestrante explica como a transparência do mercado afeta o volume negociado. O volume esperado de comércio em um mercado transparente é maior do que em um opaco por causa da aversão ao risco entre os comerciantes informais. O palestrante usa um gráfico para ilustrar a relação entre os lucros do trader e o tamanho do pedido para diferentes valores de lambda e como a incerteza sobre o lambda afeta o comportamento da negociação. Se um comerciante informal não tiver certeza sobre a profundidade do mercado, ele negociará o valor esperado de X, o que resulta em menor volume de negócios do que em um mercado transparente.

  • 00:40:00 O palestrante discute o impacto do lambda, ou coeficiente de impacto do preço, na redução do nível médio de X e como isso afeta a transparência do mercado. Ele explica que em cenários em que lambda é alto, diminuir X mesmo que ligeiramente resultará em um efeito de preço mais forte. Por outro lado, se o lambda estiver baixo, diminuir um pouco o preço não terá um impacto significativo. O palestrante enfatiza que os traders estão mais preocupados com lambda em alta do que em baixa. Além disso, o palestrante provoca a próxima seção, que focará na transparência do fluxo de pedidos e se essas informações devem ou não ser disponibilizadas a todos os revendedores.
 

Aula 9, parte 2: Transparência de Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 9, parte 2: Transparência de Mercado (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

Para entender as consequências da transparência do fluxo, o palestrante apresenta um modelo simples. O modelo assume a existência de um ativo com um valor fundamental que pode ser alto ou baixo com igual probabilidade. Além disso, existem pelo menos dois revendedores no mercado e dois traders enviando pedidos. Os comerciantes podem ser informados ou desinformados. Com base nesse modelo, o palestrante tira conclusões sobre a correlação do fluxo de ordens e o comportamento dos traders de liquidez.

O palestrante explica que quando os traders forem informados, haverá uma correlação maior do fluxo de pedidos. Isso significa que as ordens enviadas pelos traders informados serão mais semelhantes entre si. Por outro lado, as ordens vindas de traders de liquidez, que normalmente são desinformados, serão menos correlacionadas entre si.

Seguindo em frente, o palestrante discute dois cenários: opacidade do mercado e transparência do mercado. Em um mercado opaco, os revendedores cotam os preços sem ter total visibilidade de todo o fluxo de pedidos do mercado. Eles contam com uma probabilidade de obter o preço de oferta. Em contraste, em um mercado transparente, os revendedores podem ver os dois pedidos e basear suas cotações no fluxo total de pedidos. Isso leva a uma melhor descoberta de preços e a um mercado mais disperso.

O palestrante enfatiza que correlações acidentais no mercado podem levar a versões menos drásticas dessas conclusões. No entanto, o tema geral permanece o mesmo – a transparência promove uma melhor descoberta de preços e eficiência de mercado.

Além disso, o palestrante explica como a transparência do mercado pode afetar diferentes tipos de traders. Em mercados transparentes, os comerciantes desinformados estão em melhor situação, pois são facilmente identificados como tal. Consequentemente, eles não precisam pagar prêmios de seleção adversa e enfrentam um spread zero. Por outro lado, os traders informados ficam em pior situação em mercados transparentes porque podem ser mais facilmente identificados e, como resultado, pagam spreads maiores.

O palestrante observa que a transparência do fluxo de pedidos pode substituir a transparência da identificação do trader. No entanto, pode haver uma redução no fluxo de pedidos informados em mercados transparentes. É um equilíbrio delicado entre promover a transparência e manter um nível suficiente de atividade comercial informada.

Deslocando o foco para o comportamento do revendedor, o palestrante analisa a rentabilidade dos revendedores em mercados onde as informações não são transparentes. Nesses cenários, os revendedores podem obter lucros apesar de cotar o preço mais alto. O lucro médio do trader desinformado seria zero. Este modelo demonstra como atrair o fluxo de pedidos dá aos revendedores uma vantagem informacional, levando à sua lucratividade. O spread - a diferença entre os preços de compra e venda - seria menor do que o do modelo estático de ordem limitada.

O palestrante destaca que essa situação é observável na realidade, onde os dealers costumam fornecer spreads negativos para grandes traders em troca de negociações futuras. Essa prática ressalta a importância estratégica de atrair o fluxo de pedidos.

Além disso, o palestrante discute os efeitos da transparência do mercado no comportamento do revendedor. As tentativas de atrair o fluxo de pedidos podem forçar os negociantes a cotar spreads mais estreitos para obter uma vantagem de informação sobre outros negociantes. No entanto, os concessionários nem sempre estão dispostos a se comprometer com a transparência. Revelar suas informações comerciais anteriores divulgaria sua vantagem competitiva, potencialmente levando a conluios e spreads mais amplos entre os revendedores.

A palestra aprofunda o impacto da transparência do mercado na organização do mercado e na reputação do comerciante. A transparência permite que as empresas no mercado identifiquem quem está negociando e em que condições, facilitando a detecção de desvios de acordos pré-estabelecidos. Maior transparência pode resultar em melhorias de preço para traders desinformados e permitir que traders com limite reajam rapidamente às ordens de mercado de investidores institucionais. No entanto, também pode levar os comerciantes informados a receberem preços ruins e spreads desfavoráveis devido à sua reputação. Isso cria uma separação no mercado.

O palestrante conclui discutindo a realocação de riqueza e bem-estar de insiders para traders desinformados devido à transparência do mercado. Embora os insiders possam sofrer com a transparência, os comerciantes desinformados se beneficiam ao obter melhores termos de troca. Isso explica por que os reguladores costumam defender a transparência nos mercados, com o objetivo de proteger os comerciantes desinformados. No entanto, o mercado pode resistir à transparência, pois os insiders geralmente têm mais influência na organização do mercado do que os comerciantes desinformados. O impacto negativo sobre os comerciantes informados supera os benefícios para os comerciantes desinformados. Em última análise, a transparência tem consequências significativas e favorece os comerciantes desinformados que fornecem liquidez.

Por fim, o palestrante reconhece os potenciais benefícios da opacidade em limitar os efeitos adversos do conhecimento distribuído simetricamente. As ordens de limite ocultas servem como um exemplo em que os comerciantes podem enviar ordens que são executadas sem serem visíveis para outras pessoas no mercado. Isso fornece seguro para traders desinformados, permitindo que eles enviem ordens de venda limitadas em ações nas quais detêm posições longas sem afetar o preço de mercado. A opacidade pode ser benéfica para a sociedade, pois reduz o conhecimento assimétrico e promove um ambiente de mercado mais equilibrado.

O palestrante expande ainda mais o conceito de opacidade e seus efeitos positivos na limitação das consequências adversas do conhecimento distribuído simetricamente. Ao permitir que os traders enviem ordens de limite ocultas, o mercado pode evitar movimentos repentinos de preços causados pela execução imediata de ordens visíveis. Esse mecanismo semelhante a um seguro beneficia os comerciantes desinformados, pois eles podem executar seus pedidos sem afetar os preços de mercado.

As condições opacas do mercado também ajudam a reduzir a assimetria de conhecimento entre os participantes do mercado. Quando certas ordens são ocultadas de outras, isso impede a disseminação imediata de informações, permitindo que os traders tomem decisões com base em suas próprias análises, em vez de reagir a cada negociação no mercado. Isso pode contribuir para um ambiente de mercado mais estável e equilibrado.

No entanto, o palestrante enfatiza que a opacidade deve ser cuidadosamente equilibrada com a necessidade de transparência em determinadas áreas. Embora a opacidade possa trazer benefícios em termos de redução da seleção adversa e limitação da assimetria de informações, a opacidade excessiva também pode criar oportunidades para manipulação de mercado e práticas desleais.

Reguladores e participantes do mercado devem encontrar um equilíbrio entre transparência e opacidade para garantir um mercado justo e eficiente. A transparência promove a descoberta de preços e protege os comerciantes desinformados, enquanto a opacidade ajuda a mitigar os efeitos adversos do conhecimento distribuído simetricamente. Encontrar a combinação certa de transparência e opacidade é crucial para manter a integridade do mercado e promover o bem-estar geral do mercado.

A discussão do palestrante sobre transparência e opacidade do mercado destaca seus impactos significativos nos resultados do mercado, comportamento do trader e bem-estar geral do mercado. A transparência melhora a descoberta de preços e beneficia os comerciantes desinformados, ao mesmo tempo em que prejudica os comerciantes informados. A opacidade, por outro lado, pode limitar as consequências adversas e promover a estabilidade, mas deve ser cuidadosamente equilibrada para evitar a manipulação do mercado. Encontrar o nível certo de transparência e opacidade é essencial para criar um ambiente de mercado justo, eficiente e robusto.

  • 00:00:00 O palestrante discute um modelo simples para entender as consequências da transparência do fluxo. O modelo assume que existe um ativo com valor fundamental que pode ser alto ou baixo com igual probabilidade, e que há pelo menos dois dealers no mercado. O modelo também assume dois traders enviando ordens, com ambas as ordens provenientes de traders informados ou ambas as ordens provenientes de traders desinformados. Com base nesse modelo, o palestrante conclui que haverá maior correlação do fluxo de ordens quando os traders forem informados, e as ordens vindas dos traders de liquidez serão menos correlacionadas entre si.

  • 00:05:00 O palestrante discute os dois cenários de opacidade e transparência do mercado. No mercado opaco, os negociantes cotam sem ver todo o fluxo de ordens do mercado e formam uma probabilidade de obter o preço de compra. Por outro lado, o mercado transparente permite que os revendedores vejam os dois pedidos e condicionem suas cotações ao fluxo total de pedidos, levando a uma melhor descoberta de preços e a um mercado mais disperso. O palestrante também destaca que correlações acidentais no mercado podem levar a versões menos drásticas dessas conclusões, mas o tema geral permanece o mesmo.

  • 00:10:00 O professor discute como a transparência do mercado pode afetar os resultados do mercado. Mercados transparentes são melhores para traders desinformados, pois são identificados como tal e, portanto, não precisam pagar prêmios de seleção adversa e enfrentar spread zero. Por outro lado, os traders informados ficam em pior situação em mercados transparentes porque podem ser identificados com mais facilidade e pagam spreads maiores. O professor observa que a transparência do fluxo de pedidos pode substituir a transparência da identificação do trader, embora possa haver uma redução no fluxo de pedidos informados em mercados transparentes. A discussão então muda para os efeitos da revelação de informações pós-negociação e como os mercados transparentes se comparam aos mercados opacos em termos de comportamento do revendedor.

  • 00:15:00 A análise começa com a suposição de que os dealers terão diferentes níveis de informação: um dealer (I) saberá qual foi a ordem do primeiro período, enquanto o outro não. Os negociantes se movem em sequência, com o negociante desinformado definindo o código primeiro, seguido pelo negociante informado. O dealer que não for informado não saberá qual foi a negociação do primeiro período. A análise se concentra no que acontece nesse mercado no segundo período, especificamente nos preços que o dealer estaria disposto a estabelecer com base em suas expectativas de V, o valor do ativo. O revendedor estaria disposto a cobrar qualquer preço entre Miu e VH, com o número máximo sendo VH.

  • 00:20:00 O palestrante explica os cenários e possíveis resultados de um trader desinformado interagindo com um dealer informado. O comerciante desinformado poderia cotar um preço abaixo do preço de venda mais alto, mas o comerciante informado optaria por não negociar. Portanto, o único caso possível em equilíbrio é o dealer desinformado cotar o preço de venda mais alto, e o dealer informado mal reduzirá o preço. Este último caso resultará no lucro significativo do dealer informado, sabendo que o ativo vale o preço da venda mais alta.

  • 00:25:00 O instrutor discute a lucratividade das concessionárias em um mercado onde as informações não são transparentes. Ele explica que no período dois, se o spread for grande o suficiente, os negociantes podem obter lucros apesar de cotar o preço H, e o lucro médio de um negociante desinformado seria zero. No primeiro período, os revendedores fariam lances mais baixos para atrair o fluxo de pedidos, levando a um spread mais estreito em mercados competitivos. Esse modelo mostra como atrair o fluxo de pedidos dá aos revendedores uma vantagem informacional, levando à sua lucratividade, e o spread seria menor do que o do modelo estático de ordem limitada. O instrutor observa que essa situação é observável na realidade, onde os negociantes costumam colocar spreads negativos para grandes negociadores em troca de negociações futuras.

  • 00:30:00 O palestrante discute a transparência do mercado na microestrutura dos mercados financeiros e como as tentativas de atrair o fluxo de pedidos podem forçar os negociantes a cotar spreads mais estreitos para obter uma vantagem de informação sobre outros negociantes. O palestrante também explica que a opacidade aumenta o custo agregado de negociação para os traders desinformados, enquanto a transparência os beneficia. No entanto, ele ressalta que os concessionários não gostariam de se comprometer com a transparência porque isso envolveria a divulgação de suas informações comerciais anteriores, o que lhes dá uma vantagem competitiva. Além disso, ele explica como a disponibilidade de dados históricos resultantes da transparência pode levar a conluios e spreads mais amplos entre os revendedores.

  • 00:35:00 O professor discute o conceito de transparência de mercado e como isso promove o conluio nos mercados financeiros. O conluio bem-sucedido requer uma ameaça física de punição que depende da capacidade de detectar desvios dos acordos pré-estabelecidos. A maior transparência permite que as empresas do mercado identifiquem quem está negociando e em que condições, facilitando a detecção de desvios e punições, se necessário. Além disso, a transparência do mercado afeta os preços oferecidos aos traders, com traders desinformados recebendo bons preços e melhorias de preço dos revendedores, enquanto os traders limitados tentam reagir rapidamente às ordens de mercado que veem vindo de investidores institucionais. As informações de entrada, que identificam os comerciantes, também afetam os preços que são oferecidos.

  • 00:40:00 Isso ocorre porque os comerciantes informados provavelmente obterão preços ruins e spreads desfavoráveis devido à sua reputação, criando uma separação no mercado. No entanto, essa transparência também pode ser vantajosa para construir a reputação do trader ou usar mecanismos de sinalização, como o sunshine trading, para divulgar as informações. Resultados semelhantes podem ocorrer devido a práticas de creme desnatado por grandes bancos, levando a um equilíbrio que é auto-imposto. Assim, a transparência em relação à identidade do trader pode ter impactos significativos na microestrutura do mercado.

  • 00:45:00 O vídeo discute como a transparência do mercado leva a uma realocação de riqueza e bem-estar de pessoas de dentro para comerciantes desinformados. Enquanto os insiders sofrem com a transparência, os desinformados realmente se beneficiam à medida que obtêm melhores termos de troca. Isso ajuda a explicar por que os reguladores frequentemente pressionam pela transparência nos mercados, com o objetivo de proteger os comerciantes desinformados. No entanto, o mercado pode resistir à transparência, pois os insiders geralmente têm mais influência na organização do mercado do que os comerciantes desinformados. Além disso, a perda que os comerciantes informados sofrem ao serem identificados como insiders os atinge mais significativamente do que os benefícios dos comerciantes desinformados. Em última análise, a transparência realocou consequências e beneficia os operadores desinformados que geralmente fornecem ou promovem liquidez no mercado.

  • 00:50:00 O professor discute como a opacidade pode ser benéfica para limitar os efeitos adversos do conhecimento distribuído simetricamente. Ordens com limite oculto são um exemplo disso, onde os traders podem enviar ordens que são executadas sem serem visíveis para outras pessoas no mercado. Essas ordens ocultas podem funcionar como uma forma de seguro para traders desinformados que podem usá-las para enviar ordens de venda limitadas em ações nas quais têm uma posição longa sem afetar o preço de mercado. A opacidade pode ser boa para a sociedade, pois alguns pedidos podem ser enviados sem mover o preço de mercado e, portanto, levar a um conhecimento menos assimétrico.
 

Aula 10, parte 1: Valor da Liquidez (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 10, parte 1: Valor da Liquidez (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

Durante a palestra, o instrutor apresenta vários anúncios e envolve o público por meio de atividades interativas. Em primeiro lugar, o instrutor informa os alunos sobre a inclusão de pequenos questionários blitz ao longo da palestra para aumentar a interatividade e o aprendizado ativo no curso. Esses questionários são projetados para testar a compreensão dos alunos sobre o material e incentivar a participação.

Em seguida, o instrutor aborda alguns assuntos administrativos. Mencionam o cancelamento da aula de ginástica na sexta-feira de Páscoa, e propõem a possibilidade de remarcar a aula para uma data posterior, aproximadamente duas ou três semanas após a Páscoa. Isso garante que os alunos tenham a oportunidade de cobrir o material perdido e manter a continuidade do curso.

O instrutor também anuncia o próximo lançamento do conjunto de problemas número dois, indicando que os alunos devem recebê-lo em breve. Isso permite que os alunos se preparem e aloquem tempo suficiente para trabalhar no conjunto de problemas, promovendo um aprendizado eficaz e a conclusão pontual das tarefas.

Além disso, o instrutor reconhece a importância da qualidade do áudio durante a palestra e garante ao público que todos os problemas com a configuração do som foram resolvidos. No entanto, o instrutor incentiva os alunos a fornecer feedback se perceberem algum problema para garantir uma experiência de aprendizado perfeita para todos.

Mudando o foco para o conteúdo da palestra, o instrutor aprofunda o tema da liquidez e seu impacto no valor dos ativos. Eles iniciam a discussão fornecendo uma breve revisão da transparência, com base na sessão da semana anterior. Para ilustrar o conceito de liquidez limitada e seu efeito sobre os preços, o instrutor apresenta um exemplo motivador envolvendo notas e letras do Tesouro dos EUA. Este cenário do mundo real demonstra como a liquidez restrita pode introduzir ineficiências na precificação.

A palestra avança, enfatizando a relação entre liquidez e valor do ativo. O instrutor explica que os ativos menos líquidos tendem a ser negociados com desconto devido aos custos adicionais associados à sua venda no futuro, devido à liquidez limitada. Os investidores consideram esses custos ao avaliar o ativo e exigem um retorno mais alto para compensar os riscos associados às restrições de liquidez. Além disso, o instrutor destaca que a liquidez pode variar ao longo do tempo, causando oscilações nos preços dos ativos.

Aprofundando o tema, o palestrante explora o risco de liquidez e suas implicações na precificação de ativos. Eles enfatizam que o risco de liquidez pode de fato impactar os preços dos ativos, e esse fenômeno pode ser observado em dados empíricos. Apresentando um modelo de prêmio de liquidez de Mendelson, a palestra se concentra na determinação da taxa de retorno de um ativo, especificamente como o preço médio cresce no mercado. Vários fatores que influenciam a taxa de retorno são discutidos, contribuindo para uma compreensão abrangente da influência do risco de liquidez na precificação de ativos.

A palestra prossegue com uma explicação de como calcular a taxa de retorno nominal de um ativo usando a fórmula de taxa de retorno exigida. A taxa de retorno nominal é calculada com base na cotação intermediária do ativo e no pagamento futuro esperado, ajustado para meio spread. Por meio da derivação dessa fórmula, os alunos obtêm insights sobre a relação matemática entre essas variáveis.

O instrutor introduz o conceito de aproximação para analisar a diferença entre o retorno real (pequeno R) e o retorno médio baseado no crescimento dos preços (grande R) nos mercados financeiros. Utilizando expressões logarítmicas e fazendo suposições adequadas, como o log de aproximação de 1 + X = X para pequenos valores de X, o instrutor deriva uma expressão para a diferença entre R grande e R pequeno. Isso esclarece como o retorno real é geralmente menor do que o retorno médio devido a fatores como o spread entre os preços de compra e venda e a incorporação dos custos de negociação.

Com base nesse entendimento, a palestra investiga a influência da liquidez limitada na precificação de ativos. O instrutor destaca que o retorno nominal, que representa a taxa de crescimento do preço do ativo, tende a superar o retorno real devido aos custos de negociação, spreads e ao fato de os investidores comprarem a preços acima da média e venderem a preços abaixo dela. . O custo de negociação é considerado um custo fixo e, à medida que os investidores mantêm o ativo por períodos mais longos, o impacto desse custo diminui. A discrepância entre o retorno nominal e o retorno real é denominada prêmio de liquidez, representando a taxa na qual o preço do ativo deve crescer para que os traders estejam dispostos a negociar dada a liquidez fixa do ativo.

Seguindo em frente, a palestra aborda o processo de dedução da pequena taxa de retorno R exigida da taxa nominal de retorno e das taxas de crescimento de ativos. O instrutor aborda a questão de como determinar o R pequeno do R grande, considerando a presença de duas expressões e se deve usar a primeira, a segunda ou desconsiderar ambas e confiar na média da taxa nominal. O instrutor esclarece que a escolha depende da presença de oferta positiva ou negativa. Quando existe oferta positiva, os compradores se beneficiam de uma taxa de retorno nominal alta, mas sofrem com um R baixo e pequeno, enquanto os vendedores se beneficiam de um R pequeno e baixo, mas sofrem quando ele é alto.

A discussão continua explorando o valor da liquidez na microestrutura do mercado financeiro e sua influência na taxa de retorno exigida. O instrutor explica que a taxa de retorno preferencial é determinada pelos compradores com maior poder de barganha no mercado, levando a uma oferta agregada positiva ou negativa. A evidência empírica revela um prêmio de liquidez positivo para ações e títulos, indicando sua importância. Além disso, o impacto da heterogeneidade nos períodos de detenção é brevemente mencionado, sugerindo possíveis caminhos para uma investigação mais aprofundada.

Com foco no valor da liquidez na microestrutura do mercado financeiro, a palestra utiliza um exemplo simples envolvendo dois ativos com spreads diferentes e dois tipos de investidores com períodos de detenção variados. O instrutor destaca como os investidores se auto-selecionam para negociar diferentes ativos com base em suas características. Aqueles com períodos de detenção mais curtos optam por ativos com spreads menores, apesar de retornos nominais mais baixos e custos de negociação mais elevados. Em contraste, os investidores com períodos de detenção mais longos escolhem ativos menos líquidos com spreads mais altos e retornos nominais maiores, resultando em uma taxa de retorno real mais alta. O conceito de equilíbrio é introduzido, indicando que ele só pode existir quando os investidores com períodos de detenção mais baixos negociam ativos de baixo spread e aqueles com períodos de detenção mais longos negociam com ativos menos líquidos.

Finalizando a palestra, o instrutor reflete sobre o tema da especialização a partir das características do investidor. Embora reconheça que a conclusão sugerindo que os fundos de pensão negociem ativos mais arriscados, enquanto os fundos hedge negociem ativos menos arriscados devido à seleção adversa, pode não explicar totalmente a situação, o instrutor reconhece o intrigante conceito de especialização com base nas características do investidor. Eles sugerem explorar mais esse aspecto no contexto da microestrutura do mercado financeiro.

  • 00:00:00 O instrutor anuncia alguns pequenos questionários durante a palestra para tornar o curso mais interativo. Ele também menciona o cancelamento da aula de exercícios na sexta-feira de Páscoa e o possível reagendamento da aula em duas ou três semanas, e o próximo lançamento do conjunto de problemas número dois. O instrutor também observa que descobriu sua configuração de som e pede ao público que o avise se algo estiver errado.

  • 00:05:00 O palestrante discute o valor da liquidez e como a liquidez limitada pode afetar o próprio valor do ativo. A palestra começa com uma atualização sobre a transparência da sessão da semana anterior. O palestrante então dá um exemplo motivador sobre notas e letras do Tesouro dos EUA para explicar como a liquidez limitada pode introduzir ineficiência nos preços. A palestra termina com um questionário blitz perguntando qual entre dois ativos, dados os mesmos valores de face, era mais barato no mercado secundário.

  • 00:10:00 O palestrante discute a relação entre liquidez e valor do ativo. Ele explica que os ativos menos líquidos geralmente são negociados com desconto por causa dos custos adicionais de negociação incorridos ao tentar vendê-los no futuro devido à liquidez limitada. Os investidores incorporam esses custos em sua avaliação atual do ativo e exigem um retorno maior para compensar. Além disso, a liquidez pode mudar ao longo do tempo, portanto, as flutuações na liquidez também podem afetar o preço do ativo.

  • 00:15:00 O palestrante discute o conceito de risco de liquidez e seu impacto na precificação de ativos, destacando que o risco de liquidez pode afetar os preços dos ativos, sendo possível constatar isso nos dados. A palestra segue para um modelo toy de prêmio de liquidez devido a Mendelson, em que os agentes se preocupam explicitamente com o valor de revenda do ativo que estão comprando. O modelo se concentra em encontrar a taxa de retorno do ativo, que é a taxa na qual o preço médio cresce no mercado. O investidor exige um nível de retorno fixo e a palestra explora os diferentes fatores que afetam a taxa de retorno do ativo. A palestra termina traçando o plano geral do dia, que inclui uma discussão mais aprofundada sobre o risco de liquidez e seu impacto na precificação de ativos.

  • 00:20:00 O palestrante explica como determinar a taxa nominal de retorno de um ativo usando a fórmula da taxa de retorno exigida, que é a taxa mínima de retorno que um investidor exige para investir em um determinado ativo. A taxa de retorno nominal é calculada em termos da cotação intermediária do ativo e o pagamento futuro esperado ajustado para meio spread. A fórmula para a taxa de retorno nominal é derivada usando a definição de taxa de retorno exigida e é expressa como uma equação com a cotação intermediária do ativo e o pagamento futuro esperado ajustado para metade do spread.

  • 00:25:00 O palestrante explica o uso de uma aproximação para mostrar a diferença entre o retorno real (pequeno R) e o retorno médio baseado no crescimento dos preços (grande R) nos mercados financeiros. Para fazer isso, eles usam expressões logarítmicas e assumem que todos os valores são pequenos o suficiente para usar o log de aproximação de 1 + X = X. Eles então mostram como derivar uma expressão para a diferença entre R grande e R pequeno, com base em o spread entre os preços de compra e venda de um ativo, e demonstrar que o retorno real é menor que o retorno médio. O palestrante também explica a diferença entre o pequeno R e o grande R e como o pequeno R representa o retorno real que os investidores obtêm depois que os custos de negociação são contabilizados, enquanto o grande R é como o preço do ativo cresce em média.

  • 00:30:00 O palestrante explica que o retorno nominal (a taxa na qual o preço do ativo cresce) será superior ao retorno real devido à liquidez limitada, spread e ao fato de os investidores comprarem um ativo a um preço acima do meio cotação e vendê-la a um preço abaixo da cotação média. O custo de negociação é basicamente um custo fixo, e quanto mais tempo o investidor detém o ativo, menos relevante se torna esse custo. O prêmio de liquidez é a diferença entre o retorno nominal e o retorno real, e é quanto mais rápido o preço do ativo deve crescer para que os traders estejam dispostos a negociá-lo, dada a liquidez fixa do ativo.

  • 00:35:00 O palestrante discute o processo de retroceder a pequena taxa de retorno R exigida da taxa de retorno nominal e da taxa de crescimento dos ativos. Surge a questão de como aprender o R pequeno do R grande, dado que existem duas expressões para ele, e se usar a primeira, a segunda ou ignorar ambas e usar a média da taxa nominal. Segundo o palestrante, a resposta é usar a primeira quando houver oferta positiva e a segunda quando houver oferta negativa. Ele explica que quando há oferta positiva, os compradores se beneficiam da alta taxa nominal de retorno e sofrem com o baixo R, enquanto os vendedores se beneficiam quando R é pequeno, mas sofrem quando é grande.

  • 00:40:00 O palestrante discute o valor da liquidez na microestrutura dos mercados financeiros e o impacto do número de compradores e vendedores na taxa de retorno exigida. Eles explicam que a taxa de retorno preferencial é escolhida pelos compradores com maior poder de barganha no mercado, o que pode resultar em uma oferta agregada positiva ou negativa. O palestrante observa que existem muitas camadas diferentes nesse modelo e que a evidência empírica mostra um prêmio de liquidez positivo para ações e títulos. Por fim, o palestrante considera o impacto da heterogeneidade nos períodos de retenção no modelo e sugere uma exploração mais aprofundada desse tópico.

  • 00:45:00 O palestrante começa usando um exemplo simples de dois ativos com spreads diferentes e dois tipos diferentes de investidores com períodos de detenção diferentes. A função utilidade do investidor é interpretada como sua escolha dentro de um universo de ativos com diferentes retornos nominais e spreads. O investidor escolhe uma cesta de s e R, representando seu conjunto orçamentário, e suas curvas de indiferença são geradas a partir de uma função de utilidade dada pela taxa de retorno exigida dada taxa nominal de retorno e spread. O trader que negocia com frequência tem um período de espera baixo e suas curvas de indiferença são lineares com inclinação negativa, enquanto o comerciante que negocia com menos frequência tem um período de espera grande, resultando em curvas de indiferença mais planas.

  • 00:50:00 O palestrante discute como diferentes tipos de investidores irão se auto-selecionar para negociar diferentes ativos com base em seus períodos de detenção e no tamanho dos custos de negociação. Os investidores com períodos de detenção mais curtos negociarão ativos com spreads menores e sofrerão mais com os custos de negociação, embora tenham um retorno nominal menor. Em contraste, os investidores com períodos de detenção mais longos negociarão ativos menos líquidos com spreads mais altos e retornos nominais maiores, mas acabarão obtendo uma taxa de retorno real mais alta. O exemplo dado demonstra que o equilíbrio só pode existir se os investidores com períodos de detenção mais baixos transaccionarem activos com spreads baixos e os com períodos de detenção mais elevados transaccionarem activos de menor liquidez.

  • 00:55:00 O palestrante discute como os investidores podem se especializar com base em suas características. No entanto, a conclusão de que os fundos de pensão negociam ativos de maior risco, enquanto os fundos de hedge negociam ativos de menor risco devido à seleção adversa, não é totalmente correta. Esse modelo não leva em conta a aversão explícita ao risco dos agentes e, portanto, não explica totalmente por que os fundos de pensão investem em ativos de menor risco. Apesar disso, a ideia de especialização baseada em características é um conceito interessante a ser explorado no contexto da microestrutura dos mercados financeiros.
 

Aula 10, parte 2: Valor da Liquidez (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 10, parte 2: Valor da Liquidez (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

A palestra transita para o tema do risco de liquidez e seu impacto nos retornos dos ativos, destacando a flutuação da liquidez ao longo do tempo e a consequente imprevisibilidade nas correlações do mercado. O modelo CAPM de liquidez é apresentado como uma ferramenta para entender como a liquidez afeta o retorno esperado dos ativos. O palestrante enfatiza que apenas o risco sistemático influencia a média surpresa, e esse conhecimento é aplicado para contabilizar a liquidez no mercado.

A palestra então explora o efeito da liquidez na equação CAPM e como ela altera o beta em um novo contexto. Especificamente, o retorno de um ativo (SJ) é calculado subtraindo o spread de SJ do retorno nominal do mercado (SG), enquanto a taxa livre de risco permanece inalterada. O coeficiente beta é determinado pela covariância entre os retornos nominais de um determinado ativo (SHA) e os retornos nominais do mercado. O beta total consiste em quatro betas individuais, sendo o beta 2 influenciado pela covariância entre os spreads de liquidez de um ativo e a liquidez geral do mercado. Os betas 3 e 4 são negativamente correlacionados, o que implica que betas mais altos são vantajosos para um ativo seguro.

A palestra enfatiza o valor da liquidez na microestrutura do mercado financeiro, particularmente no modelo Liquidity CAPM, que quantifica o impacto da liquidez nos retornos dos ativos e destaca o papel dos coeficientes beta na descrição da sensibilidade de um ativo à liquidez do mercado. Empiricamente, todos os coeficientes beta têm significado, mas o beta quatro faz a contribuição mais significativa para os retornos, pois explica principalmente como os investidores consideram os retornos do mercado de cobertura com liquidez de ativos individuais. A palestra termina com uma pergunta sobre a existência de oportunidades de arbitragem no mercado, citando o exemplo dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos versus títulos. As opções apresentadas incluem a noção de que as oportunidades de arbitragem podem ser caras de explorar devido a fricções de mercado, a possibilidade de que os princípios fundamentais de economia e finanças estejam incorretos ou a ausência de oportunidades de arbitragem no mercado.

O palestrante examina o conceito de arbitragem, que envolve capitalizar as diferenças de preços comprando e vendendo ativos em diferentes mercados. Embora reconheça os custos associados à arbitragem, como garantias e despesas de financiamento, o palestrante argumenta que esses custos por si só não respondem pela ausência de oportunidades de arbitragem. Os arbitradores enfrentam os mesmos custos de negociação que os traders regulares, incluindo liquidez limitada, spreads e desvios das cotações intermediárias. Consequentemente, o argumento de que as oportunidades de arbitragem não existem apenas devido aos custos da arbitragem é insuficiente. O palestrante afirma que os exemplos dados demonstram a inexistência de oportunidades de arbitragem.

Apresentando um novo modelo de Duffy Coronel Patterson, os apresentadores tentam calcular simultaneamente o preço médio e o spread usando a abordagem de fluxo de caixa em mercados de balcão (OTC). Este modelo considera traders ou investidores heterogêneos com avaliações de dividendos variáveis, assumindo que eles podem deter zero ou uma unidade do ativo e ter uma opção externa de ganhar juros à taxa de retorno exigida. Adicionalmente, o modelo assume que o bem é fornecido a uma fração da população menor que a metade, fator crucial na formulação do modelo.

O palestrante discute um modelo de liquidez nos mercados financeiros onde os traders podem atribuir diferentes valores ao ativo. O modelo assume um estado estacionário com investidores de alto e baixo valor. Os comerciantes estão sujeitos a um processo de Markov, onde a probabilidade do valor de um comerciante mudar em um determinado período é denotada como SCI. No estado estacionário, as participações dos investidores de alto e baixo valor são iguais, totalizando um. O palestrante deriva equações para as ações de investidores de alto e baixo valor no estado estacionário, demonstrando sua igualdade.

O vídeo examina como as mudanças no valor dos ativos geram comércio em uma economia. A suposição é feita de que os comerciantes de alto valor desejam manter o ativo, enquanto os comerciantes de baixo valor não. No entanto, devido à oferta agregada ser inferior a um e inferior a metade, é

impossível para todos os agentes manter o ativo em equilíbrio. Isso gera uma vontade de negociar, pois os comerciantes procuram ativamente os revendedores para trocar seus ativos. Os concessionários possuem poder de mercado devido à dificuldade de encontrá-los, permitindo-lhes cotar preços diferenciados. O spread entre os preços de compra e venda decorre do parâmetro de poder de barganha dos revendedores. Além disso, há ganhos de comércio dentro de uma dada relação, e a distribuição do excedente é determinada por um parâmetro denominado como Z.

O palestrante apresenta os valores de "barra" e "barra B" como o preço de venda mais alto possível e o preço de compra mais baixo possível, respectivamente. O preço médio é definido como o ponto central entre esses valores. O foco então muda para a suposição de que nem todos os investidores de alto valor podem manter o ativo em equilíbrio devido à oferta agregada ser inferior à metade. Nesse cenário, quando um trader está disposto a comprar o ativo e é cotado no preço de venda, ele deve ficar indiferente entre comprar e não comprar. A probabilidade de negociação deve equalizar os fluxos de negociação no mercado, garantindo que todos os dealers possam limpar suas posições até o final do período.

Reconhece-se que existe poder de mercado no lado da venda devido a menos vendedores, permitindo-lhes obter algum lucro. Entretanto, os dealers também possuem poder nessa interação, fazendo com que o preço de venda caia entre a barra B e mu, com o parâmetro de barganha Z determinando a divisão do excedente entre o vendedor e o dealer. Um valor maior de Z implica um lucro menor para o vendedor e um lucro maior para o revendedor. Essa relação entre lucros é interpretada como poder de mercado.

O apresentador discute o uso de funções de valor para determinar o equilíbrio de um modelo. As funções de valor, denotadas como VG, representam a utilidade vitalícia descontada de um comerciante que possui ou não possui o ativo. Os valores de VG estão relacionados ao preço máximo que um trader estaria disposto a pagar pelo ativo. No entanto, esses valores são distintos dos preços de compra e venda, pois estão vinculados à avaliação do comerciante e à propriedade do ativo. O apresentador explica como o preço de oferta pode ser calculado usando as funções de valor com base na propriedade inicial do ativo pelo comerciante e sua avaliação.

Em seguida, o palestrante se aprofunda no cálculo das funções de valor para os lados de compra e venda do mercado. O lado da compra consiste em traders de alto valor que pretendem comprar o ativo por seus dividendos, enquanto o lado da venda compreende traders de baixo valor que pretendem vender seus ativos para receber pagamentos de dividendos. A palestra deriva as funções de utilidade vitalícia para traders de alto valor que possuem o ativo, abrangendo cenários em que recebem um dividendo e subsequentemente permanecem como traders de alto valor ou fazem a transição para um trader de baixo valor que busca vender o ativo. Essa formulação recursiva de valores inclui uma constante de normalização de 1 mais R.

O palestrante destaca a importância da liquidez na microestrutura do mercado financeiro. Eles explicam o processo de determinação do valor de um investidor de alta avaliação que atualmente não possui o ativo. Isso envolve calcular as probabilidades de o investidor se tornar um trader de baixo valor e receber dividendos ou permanecer um trader de alto valor e participar de negociações no mercado. Essas probabilidades são então empregadas para calcular os valores do trader e do ativo, influenciando subsequentemente os preços de compra e venda no mercado. O preço de venda incorpora um desconto devido ao prémio de liquidez, que representa o custo das fricções do mercado, incluindo os custos de procura dos concessionários. No geral, esta seção enfatiza como o valor da liquidez afeta a precificação de ativos nos mercados financeiros.

O palestrante discute ainda o spread e sua correlação com o preço de venda na microestrutura do mercado financeiro. A redução da liquidez leva a uma diminuição da avaliação dos ativos, exigindo um prêmio de liquidez e aumentando o risco de liquidez para os investidores. O palestrante recomenda analisar o exercício um do capítulo nove, especificamente comparando títulos de cupom zero e dividendos, para entender melhor esses conceitos.

No exercício um do capítulo nove, o palestrante faz uma análise de títulos de cupom zero e dividendos para obter insights sobre liquidez e seu impacto na avaliação de ativos. Os títulos de cupom zero são instrumentos financeiros que não pagam juros ou dividendos regulares, mas são vendidos com desconto em relação ao seu valor nominal. Os dividendos, por outro lado, referem-se aos pagamentos periódicos feitos pelas empresas aos seus acionistas como distribuição de lucros.

O exercício visa examinar as diferenças de liquidez e valorização entre títulos de cupom zero e dividendos. A liquidez desempenha um papel crucial na determinação da facilidade com que um ativo pode ser comprado ou vendido sem afetar significativamente seu preço. Ativos com maior liquidez tendem a ter spreads bid-ask menores, o que significa que podem ser negociados com mais facilidade e em uma faixa de preço mais estreita.

Ao comparar títulos de cupom zero e dividendos, é essencial considerar suas características de liquidez. Os títulos de cupom zero são normalmente negociados em mercados organizados, como mercados de títulos, onde seus preços são determinados com base na oferta e demanda do mercado. Esses títulos têm um fluxo de caixa futuro conhecido, tornando sua avaliação relativamente direta. Em contraste, os dividendos são distribuídos por empresas individuais e seu pagamento depende da lucratividade da empresa e das decisões administrativas.

O prêmio de liquidez associado aos títulos de cupom zero é normalmente menor em comparação com os dividendos. Isso ocorre porque os títulos de cupom zero têm uma data de vencimento pré-determinada e um fluxo de caixa conhecido, o que aumenta sua negociabilidade. Por outro lado, os dividendos estão sujeitos a diversas incertezas, como mudanças no desempenho da empresa, políticas de dividendos e condições de mercado, que podem impactar sua liquidez e valorização.

Os investidores, ao avaliar títulos de cupom zero e dividendos, consideram seus respectivos riscos de liquidez. O risco de liquidez refere-se ao potencial de flutuação da liquidez de mercado de um ativo, afetando sua facilidade de negociação e a volatilidade dos preços. O maior risco de liquidez está associado a ativos que são mais difíceis de comprar ou vender, levando a spreads de compra e venda mais amplos e potencialmente impactando sua avaliação.

Compreender a relação entre liquidez e avaliação de ativos é crucial para investidores e participantes do mercado. As considerações de liquidez desempenham um papel significativo nos modelos de precificação de ativos, como o modelo Liquidity CAPM, que leva em consideração o efeito da liquidez nos retornos esperados e nos coeficientes beta.

Analisar o exercício um no capítulo nove envolve examinar as diferenças de liquidez e avaliação entre títulos de cupom zero e dividendos. A liquidez, como fator-chave na precificação de ativos, influencia a facilidade de negociação, os spreads de compra e venda e a avaliação geral dos ativos. Ao entender essas dinâmicas, os investidores podem tomar decisões informadas com base em sua tolerância a riscos, metas de investimento e condições de mercado.

  • 00:00:00 A palestra muda para discutir o conceito de risco de liquidez e como a liquidez flutua ao longo do tempo levando a arbitrariedade na correlação em todo o mercado. Os fatores de risco de liquidez podem ser precificados em mercados reais e a palestra usa um modelo CAPM de liquidez para explicar como a liquidez afeta o retorno esperado de qualquer ativo. A palestra observa que apenas o risco sistemático afeta a média surpresa e como isso se aplica à contabilização da liquidez no mercado.

  • 00:05:00 O palestrante discute o impacto da liquidez na equação CAPM e como isso afeta o beta no novo mundo. O retorno do SJ é igual ao retorno nominal do SG menos o spread do SJ, com a taxa livre de risco permanecendo inalterada. O beta é igual à covariância dos retornos reais, que se baseia na covariância entre os retornos nominais do SHA e os retornos nominais do mercado. O beta total é composto por quatro betas individuais, sendo o beta 2 afetado pela covariância entre os spreads de liquidez de um determinado ativo e a liquidez do ativo de mercado. Os betas 3 e 4 entram com sinal negativo, significando que é bom ter betas altos para um bom ativo seguro.

  • 00:10:00 O foco está no valor da liquidez na microestrutura dos mercados financeiros, particularmente no modelo Liquidity CAPM, que estima o efeito da liquidez nos retornos dos ativos e como os coeficientes beta desempenham um papel na ilustração da sensibilidade de um ativo à liquidez do mercado. Empiricamente, todos os coeficientes beta importam, mas a contribuição mais significativa para os retornos é dada pelo beta quatro, que explica principalmente como os investidores prestam atenção à questão do hedge dos retornos do mercado com a liquidez dos ativos individuais. A palestra termina com uma pergunta sobre como existem oportunidades de arbitragem no mercado, citando o exemplo de títulos do Tesouro dos EUA versus títulos, e as opções incluem oportunidades de arbitragem sendo caras de exercer devido a fricções de mercado, que a lei fundamental de economia e finanças está errada , ou que não há oportunidades de arbitragem no mercado.

  • 00:15:00 O palestrante aborda o conceito de arbitragem, que é a prática de comprar e vender ativos em diferentes mercados para lucrar com diferenças de preços. Embora seja verdade que existem custos associados à arbitragem, como colaterais e custos de financiamento, o conferencista defende que esta não é a única razão pela qual as oportunidades de arbitragem podem não existir em determinadas situações. Os arbitradores estão sujeitos aos mesmos custos de negociação que os traders regulares, que incluem liquidez limitada, spreads e desvios das cotações intermediárias. Portanto, o argumento de que as oportunidades de arbitragem não existem apenas devido aos custos da arbitragem não é uma boa explicação, e o palestrante afirma que não existem oportunidades de arbitragem nos exemplos dados.

  • 00:20:00 Os apresentadores apresentam um novo modelo de Duffy Coronel Patterson que tenta calcular o preço médio e o spread simultaneamente, concentrando-se na abordagem de fluxo de caixa nos mercados OTC. Nesse mercado, os traders ou investidores são heterogêneos, com diferentes valores atribuídos aos dividendos, e há um continuum deles. Os comerciantes podem manter zero ou uma unidade do ativo e sempre têm a opção externa de ir ao banco e ganhar juros, que serão a taxa de retorno exigida do ativo. Além disso, assume-se que o bem é fornecido a uma fração da população menor que a metade, fator crucial para este modelo.

  • 00:25:00 O palestrante discute um modelo de liquidez nos mercados financeiros onde os traders podem alterar o valor atribuído ao ativo e onde há um estado estável de investidores de alto e baixo valor. O modelo assume que os traders estão sujeitos a um processo de Markov onde, em qualquer período, a probabilidade de alteração do valor de um trader é SCI. As participações dos investidores de alto e baixo valor no estado estacionário são iguais e devem somar um. O palestrante deriva equações para as ações de investidores de alto e baixo valor no estado estacionário e mostra que eles são iguais.

  • 00:30:00 O vídeo discute o conceito de como as mudanças no valor dos ativos podem gerar comércio em uma economia. A suposição é feita de que os comerciantes de alto valor vão querer manter o ativo enquanto os comerciantes de baixo valor não, mas com oferta agregada menor que 1 e menos que 1/2, é impossível que todos os agentes mantenham o ativo em equilíbrio. Isso gera disposição para negociar, onde os traders irão procurar um dealer com alguma probabilidade de trocar seus ativos. Os dealers possuem poder de mercado devido a sua dificuldade de encontrar, podendo cotar preços diferenciados, onde o spread decorre do seu parâmetro de poder de barganha. Por fim, há ganhos de comércio em uma determinada relação, e a divisão do excedente ocorre segundo um parâmetro Z.

  • 00:35:00 O palestrante apresenta os valores da barra e da barra B como a maior oferta possível e a menor oferta possível, respectivamente. Eles definem o preço médio como o ponto central entre esses valores. O foco então muda para a suposição de que nem todos os investidores de alto valor podem manter o ativo em equilíbrio, já que a oferta agregada é menos da metade. Nesse cenário, quando um trader está disposto a comprar o ativo e está cotado no preço de venda, ele deve ficar indiferente entre comprar ou não comprar. A probabilidade de negociação deve equalizar os fluxos de negociação no mercado, e todos os dealers no final do período devem limpar suas posições.

  • 00:40:00 Sabemos que existe poder de mercado no lado da venda devido a menos vendedores, o que significa que eles podem obter algum lucro. Entretanto, os dealers também têm poder nessa interação, e o preço de venda resultante ficará entre B-bar e mu, com um parâmetro de barganha Z determinando a divisão do excedente entre seller e dealer. Quanto maior for Z, menor será o lucro do vendedor e maior será o lucro do revendedor. Essa relação entre lucros é nossa interpretação do poder de mercado.

  • 00:45:00 O apresentador discute o uso de funções de valor para determinar o equilíbrio de um modelo. As funções de valor, denotadas como VG, representam a utilidade vitalícia descontada de um comerciante que possui ou não possui o ativo em questão. Os valores de VG estão relacionados ao preço máximo que um trader estaria disposto a pagar pelo ativo, mas esses valores não são os mesmos que os preços de compra e venda, pois estão atrelados à avaliação do trader e à propriedade do ativo. O apresentador continua explicando como o preço de oferta pode ser calculado usando as funções de valor com base na propriedade inicial do ativo pelo trader e sua avaliação.

  • 00:50:00 O palestrante discute como calcular as funções de valor para os lados de compra e venda do mercado. O lado da compra é composto por traders de alto valor que desejam comprar o ativo por seus dividendos, enquanto o lado da venda é composto por traders de baixo valor que desejam vender seus ativos pelo pagamento de dividendos. O palestrante deriva as funções de utilidade vitalícia para os traders de alto valor que possuem o ativo, onde recebem um dividendo, seguido pela possibilidade de permanecer um trader de alto valor ou se tornar um trader de baixo valor que deseja vender o ativo. Isso leva a uma formulação recursiva de valores, com uma constante de normalização de 1 mais R.

  • 00:55:00 O palestrante discute o valor da liquidez na microestrutura dos mercados financeiros. Eles explicam o processo de encontrar o valor de um investidor de alto valor que atualmente não possui um ativo, o que envolve determinar as probabilidades do investidor se tornar um trader de baixo valor e receber dividendos ou permanecer um trader de alto valor e ir ao mercado para negociar. As probabilidades são usadas para calcular os valores do trader e do ativo, que são então usados para encontrar os preços de compra e venda no mercado. O preço de venda inclui um desconto devido ao prêmio de liquidez, que representa o custo do atrito no mercado devido aos custos de busca dos revendedores. No geral, a seção destaca como o valor da liquidez afeta a precificação de ativos nos mercados financeiros.

  • 01:00:00 O palestrante discute o spread e sua correlação com o preço de venda na microestrutura dos mercados financeiros. A diminuição da liquidez pode levar a uma avaliação inferior dos ativos, exigindo um prêmio de liquidez e aumentando o risco de liquidez para os investidores. O palestrante aconselha um exercício para analisar o exercício um no capítulo nove, comparando títulos de cupom zero e dividendos.
 

Aula 11, parte 1: Governança Corporativa (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 11, parte 1: Governança Corporativa (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

Nesta seção da palestra, o professor começa revisando o tópico da semana anterior, que enfocou a influência da liquidez na avaliação do mercado e as diferentes abordagens usadas para determinar os preços em condições de liquidez limitada. Salienta-se a importância da liquidez nos mercados financeiros, nomeadamente pelo seu impacto no custo do capital e na eficiência das transações.

A palestra passa então para a interseção de liquidez e política corporativa, examinando como a liquidez do mercado e os fatores organizacionais afetam as políticas corporativas e as implicações para a governança corporativa. O professor enfatiza a importância da liquidez para o acesso das empresas ao capital nos mercados primários. A liquidez desempenha um papel crucial nas iniciativas de financiamento, atraindo investidores e facilitando as transições de propriedade ao longo do ciclo de vida de uma empresa. A palestra inclui um gráfico que ilustra as várias fontes de financiamento disponíveis para empresas em diferentes estágios de crescimento, com projetos em estágio inicial sendo financiados por anjos de negócios e capitalistas de risco abrindo caminho para ofertas públicas iniciais (IPOs).

Para ilustrar o impacto da liquidez na transição de propriedade, o palestrante conta a história da rede social Tumblr. A decisão da Verizon de proibir todas as formas de pornografia na plataforma resultou em uma perda significativa de usuários, levando a Verizon a procurar outro comprador. Potenciais lances, como o do Pornhub, não se concretizaram e, eventualmente, o Tumblr foi adquirido pela Automattic, empresa responsável pelo WordPress. Este exemplo do mundo real destaca a influência da liquidez do mercado nas mudanças de propriedade e o subsequente impacto nas políticas corporativas.

A palestra então se aprofunda no processo de ofertas públicas iniciais (IPOs). Quando uma empresa decide abrir o capital, contrata um banco de investimento para atuar como subscritor. O banco de investimento aborda potenciais investidores, pedindo-lhes que enviem ordens limitadas para comprar ações a um determinado preço. O banco de investimento agrega essas ordens em um livro e continua o processo de bookbuilding até que o preço do IPO seja definido e as ações sejam vendidas aos investidores. O conceito de underpricing em IPOs também é explicado, com o palestrante observando que os ativos ilíquidos tendem a exibir um efeito de underpricing mais pronunciado em comparação aos ativos líquidos, conforme comprovado por evidências empíricas.

Em seguida, a palestra explora os vínculos entre mercados financeiros e governança corporativa. Uma questão levantada é o potencial desalinhamento de incentivos entre proprietários e gerentes da empresa, principalmente quando a propriedade e o controle estão separados. Essa divergência pode criar uma barreira entre os objetivos dos proprietários e as ações dos gerentes. Os esquemas de compensação são discutidos como um meio de aliviar esse desalinhamento, mas, em última análise, os proprietários devem estar dispostos a intervir e substituir os gerentes, se necessário. No entanto, surgem dúvidas sobre se os acionistas priorizam a lucratividade de longo prazo sobre os ganhos de curto prazo e se eles estão realmente comprometidos em melhorar a governança da empresa. A palestra enfatiza a importância do papel dos acionistas na influência da governança corporativa e seu impacto no valor global da empresa.

O problema da governança corporativa remonta à década de 1930, quando se reconheceu que os acionistas podem nem sempre agir no melhor interesse da empresa, levando a uma diminuição do seu valor. Em corporações amplamente controladas com numerosos pequenos acionistas, pode haver uma falta de responsabilidade pelo desempenho e administração da empresa, resultando em tomada de decisão e governança imperfeitas. A palestra sugere que a propriedade concentrada com um investidor majoritário comprometido com a melhoria da governança pode ser uma solução potencial. Adicionalmente, nota-se que em mercados ilíquidos, é menos atraente para os ativistas comprar ações, mas mais benéfico para o ativismo corporativo devido à dificuldade de vender ações. O objetivo é criar liquidez assimétrica, facilitando a entrada na empresa, mas dificultando a venda de ações, promovendo assim o ativismo corporativo.

A palestra também explora a regulamentação da compra e venda de ações em relação à governança corporativa nos mercados financeiros. As leis exigem que os investidores com participações significativas em uma empresa divulguem suas atividades de compra e venda para garantir a transparência. No entanto, isso cria uma situação em que os investidores informados têm menos probabilidade de vender suas ações, embora possam enfrentar reações adversas do mercado. A relação entre os gestores da empresa e o mercado em termos de informação é discutida, destacando o mecanismo pelo qual as empresas podem extrair informações de mercado para subsidiar as decisões gerenciais observando as reações do mercado. No entanto, tanto o palestrante quanto os participantes do chat concordam que raramente o mercado possui melhores informações do que a empresa devido ao maior acesso a indicadores internos como vendas, receita e margens.

Em conclusão, esta seção da palestra abordou a interação entre liquidez e avaliação de mercado, o impacto da liquidez nas políticas e governança corporativa, o processo de IPOs e subavaliação e a relação entre mercados financeiros e governança corporativa. A palestra enfatizou a importância da liquidez nos mercados primários, o papel da liquidez do mercado nas transições de financiamento e propriedade e os desafios e implicações da governança corporativa em diferentes condições de mercado. O objetivo geral era fornecer informações sobre como as ações das empresas podem afetar os mercados secundários e por que as empresas se preocupam com o que acontece nesses mercados.

  • 00:00:00 O professor analisa o tópico da semana anterior sobre como a liquidez afeta a avaliação do mercado e as várias abordagens usadas para determinar preços em condições de liquidez limitada. O foco então muda para a interseção de liquidez e política corporativa, especificamente como a liquidez e a organização do mercado afetam as políticas corporativas e as implicações para a governança corporativa. A palestra também abordará o tema dos mercados digitais.

  • 00:05:00 A primeira parte discute a conexão entre liquidez e acesso das empresas ao capital nos mercados primários, enquanto a última parte se concentra em como a revolução digital transformou os mercados financeiros e uma breve visão geral do curso até o momento, abordando tópicos incluindo blockchain e criptomoeda. A seção também explica por que o curso se concentrou principalmente nos mercados secundários e os desafios na generalização dos mercados primários devido à ampla gama de diferentes formatos de mercado. No geral, a seção visa quebrar a independência e explicar por que as empresas se preocupam com o que acontece nos mercados secundários e como suas ações podem afetar o mercado.

  • 00:10:00 O palestrante enfatiza a importância da liquidez do mercado em termos de custo de capital e eficiência das transações. Ele explica como quanto mais líquidos os mercados, mais fácil é financiar iniciativas e atrair investidores, e como a liquidez ajuda as empresas a progredir em seu ciclo de vida e na transição de propriedade. Um gráfico mostra as diferentes fontes de financiamento disponíveis para empresas em diferentes estágios de crescimento, com business angels financiando projetos em estágio inicial e capitalistas de risco abrindo caminho para IPOs. O palestrante também conta uma história sobre a rede social Tumblr e como a liquidez do mercado influenciou sua transição de propriedade.

  • 00:15:00 O palestrante fala sobre a história do Tumblr e como a decisão da Verizon de proibir todo tipo de pornografia na plataforma resultou na perda de quase um terço de seus usuários, levando a Verizon a procurar outro comprador. Uma oferta veio do Pornhub, mas nunca se concretizou. Eventualmente, o Tumblr foi adquirido pela Automattic, empresa responsável pelo WordPress. A palestra então aprofunda como funcionam os IPOs, com uma empresa indo a um banco de investimento que atua como subscritor, e aborda potenciais investidores para comprar ações da empresa. O banco de investimento forma um limite ou livro, e o processo de bookbuilding continua até que o preço do IPO seja definido e as ações sejam vendidas aos investidores.

  • 00:20:00 O conceito de bookbuilding em IPOs é explicado. O banco de investimento aborda vários investidores e pede que eles apresentem uma ordem limitada de compra de ações a um determinado preço, sendo o lado da compra preenchido pelo banco de investimento. Isso estabelece um preço uniforme para as ações no início da negociação, mas normalmente esse preço é menor do que o estabelecido no final do dia. Este efeito de subavaliação é mais pronunciado para ativos ilíquidos em comparação com os líquidos, como mostram evidências empíricas.

  • 00:25:00 O palestrante discute os possíveis vínculos entre mercados financeiros e governança corporativa. Uma questão é o potencial desalinhamento de incentivos entre proprietários e gerentes de empresas. Isso pode ocorrer quando a propriedade e o controle estão separados, levando a uma divisão entre o que os proprietários desejam e o que os gerentes fazem. Os esquemas de compensação podem ajudar a aliviar isso, mas, em última análise, os proprietários devem estar dispostos a intervir e substituir os gerentes, se necessário. No entanto, há uma questão de saber se os acionistas estão dispostos a priorizar o lucro de longo prazo sobre os ganhos de curto prazo e se eles estão realmente comprometidos em melhorar a governança da empresa. Se os investidores forem puramente especulativos, os gerentes estarão essencialmente fora de controle, o que pode prejudicar o valor geral da empresa.

  • 00:30:00 O palestrante discute como o problema da governança corporativa foi identificado desde 1930, onde os acionistas não trabalham no melhor interesse da empresa, levando à diminuição do valor da empresa. Para corporações amplamente controladas com muitos pequenos acionistas, não há senso de responsabilidade pelo desempenho ou gestão da empresa, tornando a tomada de decisões e a governança imperfeitas. Pode ser necessária uma propriedade concentrada com um investidor majoritário que esteja disposto a melhorar a governança. Em mercados ilíquidos, é menos atraente para os ativistas comprar ações, mas também é mais difícil vender ações, tornando-o mais benéfico para o ativismo corporativo. O objetivo é tornar a liquidez assimétrica, facilitando a entrada na empresa, mas dificultando a venda de ações para promover o ativismo corporativo.

  • 00:35:00 O palestrante discute a regulamentação da compra e venda de ações em relação à governança corporativa no mercado financeiro. As leis determinam que os investidores que detêm uma grande participação em uma empresa são obrigados a divulgar suas atividades de compra e venda, o que lhes permite acumular uma grande parte das ações da empresa sem transparência. Isso cria uma situação em que os investidores informados têm menos probabilidade de vender suas ações, mas também podem enfrentar reações adversas do mercado. Além disso, o palestrante explora a relação dos gestores das empresas com o mercado em termos de informação. O livro descreve um mecanismo onde a empresa pode extrair informações de mercado para informar as decisões gerenciais, observando a reação do mercado a uma decisão. No entanto, o palestrante e os participantes do chat concordam que o mercado raramente sabe melhor do que a empresa devido à maior quantidade de informações à disposição da empresa.

  • 00:40:00 O palestrante discute a vantagem informacional das empresas sobre o mercado, exceto para os concorrentes da empresa. A empresa tem acesso a indicadores internos, como vendas, receitas e margens. No entanto, analisar todos os dados pode ser caro, então a empresa depende do mercado para analisar e tomar decisões. O preço das ações é um indicador do desempenho de uma empresa, e as empresas se preocupam com o preço de suas ações, pois isso pode afetar o trabalho do CEO. A palestra também cita um estudo de caso da queda do ônibus espacial americano Challenger, onde o mercado foi mais rápido em determinar qual fornecedor era o culpado do que a NASA, que levou quatro meses para investigar.
 

Aula 11, parte 2: Mercados Digitais (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 11, parte 2: Mercados Digitais (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

Nesta seção da palestra, o professor discute o conceito de esquemas de remuneração gerencial como forma de aliviar problemas de incentivo entre proprietários e gerentes de empresas. O esquema ideal é aquele que recompensa os gerentes por fazerem a coisa certa e os pune por fazerem a coisa errada, ao mesmo tempo em que é rentável para os acionistas. No entanto, avaliar o desempenho gerencial e incentivar os gerentes pode ser um desafio.

Para ilustrar o conceito, o palestrante apresenta um modelo rápido e simples em que o esforço de um gerente afeta a probabilidade de um bom resultado, e o esforço tem um custo. Em um mundo ideal, o melhor contrato seria pagar ao gerente um salário baseado em seu esforço, com remuneração zero se ele não se esforçasse. Porém, na realidade, o esforço nem sempre é contrátil, ou seja, não pode ser perfeitamente observado ou medido. Como resultado, a remuneração do gerente pode ser condicionada ao valor da empresa ou aos lucros realizados.

O palestrante explica que o contrato ótimo para um gestor em uma empresa onde o esforço não é contratável é aquele que depende do preço da ação. Isso porque o preço da ação é mais sensível ao esforço do gestor e, portanto, mais barato para os acionistas. Tal contrato não paga nada ao gerente se a empresa falhar, mas oferece um alto pagamento se tiver um bom desempenho, alinhando-se ao conceito do primeiro melhor contrato.

No entanto, o palestrante reconhece que pode haver consequências não intencionais de vincular a remuneração do gerente ao preço das ações. Uma dessas consequências é o problema das preocupações com a carreira, em que os gerentes podem priorizar a maximização de sua reputação em vez de tomar decisões que sejam do melhor interesse de longo prazo da empresa. Esse comportamento pode levar a várias ineficiências.

Para resolver esse problema, o palestrante sugere que, se uma empresa se preocupa com o preço de suas ações, pode estar disposta a melhorar a liquidez de suas ações. A maior liquidez torna as ações mais valiosas, e esse aumento de valor pode indiretamente incentivar o gestor. O palestrante apresenta três instrumentos que as empresas têm para afetar a liquidez: realizar uma oferta pública inicial (IPO), listar em outra bolsa e melhorar a transparência e o reporte financeiro.

A listagem em uma bolsa, embora venha com requisitos de transparência, pode aumentar a acessibilidade das ações de uma empresa. Além disso, a contratação de um formador de mercado dedicado que publica ordens de limite relativamente agressivas pode melhorar a liquidez. Além disso, as empresas podem escolher uma estrutura de capital ótima para liquidez, dependendo dos níveis de liquidez de seus ativos.

A palestra conclui mencionando que finanças corporativas é um campo que explora os mercados de capitais primários com mais detalhes e pode fornecer mais insights para os interessados em estudar esse tópico.

Esta seção da palestra enfocou o conceito de esquemas de remuneração gerencial para resolver problemas de incentivo entre proprietários e gerentes de empresas. O palestrante explicou os desafios de avaliar o desempenho gerencial e apresentou a ideia da remuneração contingente com base no valor da empresa ou no preço da ação. As possíveis desvantagens dessa abordagem foram discutidas, juntamente com o papel da liquidez no incentivo indireto aos gerentes. A palestra também destacou a importância da compreensão dos principais mercados de capitais e finanças corporativas para uma compreensão abrangente desses conceitos.

  • 00:00:00 O palestrante discute o conceito de esquemas de remuneração gerencial para aliviar problemas de incentivo entre proprietários e gerentes de empresas. O esquema ideal recompensaria os administradores por fazerem a coisa certa e os puniria por fazerem a coisa errada, ao mesmo tempo em que seria barato para os acionistas. O desafio está em avaliar o desempenho gerencial para incentivar o gestor. O palestrante cria um modelo rápido e simples em que o esforço de um gerente afeta a probabilidade de um bom resultado, e o esforço custa caro. Ele sugere que o esquema salarial pode depender do valor da empresa ou do preço das ações, que é visível para todos e pode, portanto, incentivar indiretamente o gestor.

  • 00:05:00 O palestrante discute o contrato ideal para um gerente em uma empresa onde o esforço não é contratável. Eles começam explicando que o melhor contrato seria pagar ao gerente um salário baseado no seu esforço, com remuneração zero se ele não se esforçasse. No entanto, no mundo real, o esforço nem sempre é contratável, de modo que a remuneração do gerente pode ser condicionada ao valor da empresa ou aos lucros realizados. O contrato ótimo é aquele que depende do preço da ação, pois é mais sensível ao esforço do gestor e, portanto, mais barato para os acionistas. Este contrato não paga nada ao gestor se a empresa falhar, e um pagamento alto se tiver um bom desempenho, tornando-o compatível com o primeiro melhor contrato.

  • 00:10:00 O palestrante discute a questão da compensação do gerente de tempo ao preço das ações e como isso pode não ser uma solução perfeita para o problema, pois pode levar a consequências não intencionais. Uma dessas consequências é o problema das preocupações com a carreira, onde os gerentes tentarão maximizar sua reputação e isso pode levar a várias ineficiências. No entanto, se a empresa se preocupa com o preço de suas ações, pode estar disposta a melhorar a liquidez de suas ações, pois maior liquidez significa que as ações são mais valiosas. O palestrante oferece três instrumentos que a empresa possui para afetar essa liquidez, incluindo fazer um IPO, listar em outra bolsa e melhorar a transparência e os relatórios financeiros.

  • 00:15:00 O palestrante discute maneiras pelas quais as empresas podem aumentar sua liquidez por meio da microestrutura dos mercados financeiros. Uma opção é a empresa listar em uma bolsa, embora isso venha com requisitos de transparência. Outra opção é a empresa contratar um formador de mercado dedicado que publicará ordens de limite relativamente agressivas para melhorar a liquidez. A empresa também pode aumentar sua liquidez geral escolhendo a estrutura de capital ótima para liquidez, dependendo dos diferentes níveis de liquidez de seus ativos. Por fim, o palestrante destaca que finanças corporativas é uma área que explora com mais detalhes o mercado de capitais primário e pode ser útil para quem tem interesse em se aprofundar no tema.

  • 00:20:00 O vídeo discute como a digitalização e a informatização de tudo transformaram os mercados financeiros. A palestra se refere à duplicação da capitalização da bolsa americana a cada década e à duplicação do volume negociado no Dow Jones Industrial Average a cada sete anos e meio de 1929 a 2009, e como na década mais recente esse ritmo se acelerou. A palestra compara essa progressão com a lei de Moore e explica como a informatização dos mercados financeiros permitiu mais negociações. No entanto, isso também levou a uma maior integração e interdependência nos mercados, o que pode resultar em falhas mais significativas. A palestra termina discutindo como essas informações serão usadas para avaliar os diferentes fatores que determinam como a negociação ocorre nos mercados.

  • 00:25:00 O palestrante discute como a digitalização impactou diferentes fatores nos mercados financeiros por meio de uma série de questionários. O primeiro questionário se concentra nos custos de negociação, que diminuíram significativamente devido à digitalização do mercado. O segundo questionário refere-se à aversão ao risco dos investidores, que diminuiu um pouco porque eles podem diversificar o risco com mais facilidade. No entanto, a aversão ao risco dos investidores também pode ter se tornado mais rigorosa devido ao acesso a uma gama mais ampla de ativos. Por fim, a palestra enfatiza como os algoritmos transformaram a forma como os mercados são organizados, permitindo a correspondência automática de pedidos e reduzindo o papel dos revendedores.

  • 00:30:00 O palestrante discute o impacto da digitalização do mercado na fragmentação e transparência do mercado. A digitalização reduziu a importância de alguns mercados originais, pois a distância agora é um fator menor e a consolidação é possível. Além disso, o papel da fragmentação diminuiu bastante, pois os comerciantes agora podem acessar facilmente as informações de várias bolsas. No entanto, o impacto na transparência do mercado é mais complexo, pois o acesso à informação agora é mais fácil do que nunca, mas os pregões físicos ainda oferecem vantagens em termos de visibilidade. No geral, embora a digitalização tenha mudado a dinâmica dos mercados financeiros, os efeitos não são facilmente classificados como totalmente positivos ou negativos.

  • 00:35:00 O vídeo discute como os mercados digitais aumentaram o espectro de possíveis maneiras de diminuir a transparência e tornar a negociação mais anônima. Além disso, a diminuição da latência na negociação criou novas estratégias e abordagens de negociação, como a arbitragem, que promoveu a descoberta de preços e preços equilibrados nos mercados. No entanto, a heterogeneidade da latência entre os investidores tornou-se um problema nas negociações de alta frequência. O vídeo também aborda o próximo exame e menciona que provavelmente consistirá em problemas que lidam com modelos e questões dissertativas, mas não incluirá questões de múltipla escolha.

  • 00:40:00 O professor discute o conceito de negociação algorítmica, que permite que os traders usem algoritmos para executar negociações automaticamente em seu nome com base em determinados critérios, como preços ou valor do portfólio. Isso melhorou muito a liquidez do mercado e tornou os traders mais dispostos a assumir riscos, mas também tornou o mercado mais frágil, pois as ordens algorítmicas semelhantes podem levar a quedas abruptas do mercado. O professor também comenta que a próxima palestra será dedicada ao trading de alta frequência e se ele traz benefícios ou malefícios para a sociedade.

  • 00:45:00 O palestrante fala sobre o potencial de impacto significativo no mercado devido à negociação algorítmica. Ele menciona uma pesquisa que narra a história da negociação algorítmica e os vários erros que ocorreram como resultado dela. Embora o palestrante opte por não atribuir leituras obrigatórias sobre mercados digitais neste curso, ele incentiva os alunos a ler periódicos acadêmicos e considerar fazer o seminário de economia digital para obter uma melhor compreensão dos impactos da digitalização nos mercados. Por fim, o palestrante aborda o tema blockchain e criptomoedas, citando a tabela de preços do Bitcoin e os problemas associados a esses conceitos.

  • 00:50:00 O palestrante explica o conceito da tecnologia blockchain e sua relação com as criptomoedas, que funcionam como sistemas de pagamento distribuído. A característica única da tecnologia blockchain é que ela permite que as transações sejam registradas e verificadas de forma descentralizada sem a necessidade de intermediários como bolsas ou plataformas de negociação, o que pode melhorar a eficiência do mercado reduzindo os custos de transação. Embora essa tecnologia tenha aplicações potenciais nos mercados financeiros, há desafios relacionados à determinação precisa de quem possui ações e ações devido a transações que ocorrem fora da plataforma.

  • 00:55:00 O conceito de transparência na tecnologia blockchain é examinado. Embora o histórico das transações esteja disponível para todos, ele não é verdadeiramente anônimo. Além disso, a capacidade limitada de processamento do blockchain, particularmente do Bitcoin, é considerada uma grande desvantagem. No entanto, o uso de contratos inteligentes, como uma versão avançada da negociação algorítmica, é visto como um benefício significativo. O potencial de usar contratos inteligentes em contratos a termo ou futuros poderia aliviar os riscos de contraparte.

  • 01:00:00 O palestrante discute as desvantagens e desafios do uso da tecnologia blockchain para transações financeiras, principalmente em termos de concorrência e risco de execução decorrente da licitação de transações. Juntamente com os custos do pedido, esse processo de licitação cria uma camada extra de incerteza e atraso, pois as transações podem ser superadas e atrasadas para serem incluídas no próximo bloco. Isso, juntamente com a volatilidade e imprevisibilidade dos custos de transação, torna a incorporação da tecnologia blockchain na tomada de decisões para transações financeiras um tanto arriscada e incerta. O palestrante conclui que, embora a tecnologia blockchain tenha um grande potencial, ela também possui desvantagens significativas que precisam ser abordadas antes que possam ser usadas mais amplamente.

  • 01:05:00 O palestrante fala sobre as desvantagens do blockchain do Bitcoin devido à falta de intermediários na negociação, o que pode levar ao aumento do risco de contraparte. O estabelecimento de bolsas e intermediários confiáveis nos mercados financeiros pode ajudar a absorver esse risco e fornecer transparência financeira ao impor a divulgação de relatórios financeiros. Embora os mercados de balcão possam ser acessados sem intermediários, eles podem ter requisitos de transparência mais fracos e, como resultado, podem ser menos líquidos. No geral, a discussão destaca a importância dos intermediários nos mercados financeiros.
 

Aula 12, parte 1: Negociação de Alta Frequência e Algorítmica (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 12, parte 1: Negociação de Alta Frequência e Algorítmica (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

O palestrante inicia a sessão resumindo os tópicos da semana anterior, destacando a relação entre liquidez e governança corporativa, bem como o impacto transformador dos mercados digitais na negociação. Eles mencionam brevemente criptomoeda e blockchain, alertando que essas tecnologias podem ter sido excessivamente anunciadas. O palestrante então passa para o foco principal do dia: negociação de alta frequência. Porém, antes de se aprofundar no assunto, eles discutem um evento recente envolvendo contratos futuros de petróleo negociados a preços negativos. O público recebe um questionário, pedindo-lhes que considerem se essa anomalia foi causada por negociação algorítmica ou por comerciantes humanos estratégicos. Por fim, o palestrante revela que os contratos foram de fato negociados a preços negativos, descartando como causa falha algorítmica ou mera brincadeira.

A seguir, o palestrante mergulha em dois temas interligados. Primeiro, eles discutem um padrão de negociação previsível no mercado de commodities envolvendo o fundo de petróleo dos EUA e os subsequentes preços negativos causados por traders antecipando e capitalizando a rolagem desses contratos. O segundo tópico explorado é a negociação algorítmica, que se estende além dos traders profissionais e de alta frequência para incluir traders institucionais e de varejo que empregam algoritmos para execução de ordens mais eficiente. O palestrante se refere a um artigo de Beeson e Warhol que investiga as várias aplicações da negociação algorítmica.

Com base nisso, o palestrante apresenta outro trabalho de pesquisa que examina como a negociação algorítmica afeta a modelagem de traders desinformados nos mercados modernos. O artigo analisa dados de uma corretora que emprega algoritmos amplamente utilizados para executar negócios. Os algoritmos dividem as ordens pai, enviadas por investidores institucionais, em ordens filhas para minimizar o impacto no preço. Os dados revelam que, em média, cada pedido pai gera 63 execuções, com 3 a 9 filhos por execução, resultando em mais de 500 pedidos filhos por pedido pai. Esses dados destacam a sofisticação dos traders desinformados e sugerem que os modelos podem precisar ser ajustados de acordo.

O palestrante enfatiza ainda mais a crescente sofisticação dos traders e a prática de dividir as ordens de mercado em ordens secundárias para minimizar o impacto no mercado. Eles apresentam uma pergunta instigante ao público, pedindo-lhes que adivinhem a composição das ordens de mercado e ordens limitadas para investidores de varejo versus investidores institucionais. A revelação mostra que os investidores institucionais dependem fortemente de ordens limitadas, com 80% de suas ordens sendo ordens limitadas, enquanto menos de 0,4% são ordens de mercado. O conceito de pedidos de sacolas, vinculados aos preços de mercado, é introduzido para ilustrar melhor esse aspecto da negociação.

O conceito de ordens de limite negociáveis é então explicado como uma alternativa mais segura às ordens de mercado. Ordens de limite negociáveis são submetidas a preços dentro do spread bid-ask, permitindo a execução imediata. Em contraste, as ordens limitadas tradicionais são passivas e colocadas a preços fora do spread bid-ask, antecipando a execução em um momento posterior. A vantagem das ordens limitadas negociáveis reside na sua reduzida suscetibilidade a mudanças repentinas de preços e atrasos, uma vez que são executadas prontamente ao melhor preço disponível. No entanto, há casos em que as ordens de limite negociáveis podem não ser atendidas devido a restrições específicas de volume ou preço definidas pelo comerciante.

O palestrante desenvolve a ideia de que mesmo as ordens de limite não atendidas podem ter um impacto no mercado. Eles discutem um trabalho de pesquisa que demonstra como pedidos cancelados, tanto atendidos quanto não atendidos, podem influenciar os preços de mercado. Os pedidos não atendidos, em particular, têm um impacto mais substancial do que os pedidos atendidos, e esse impacto ocorre em segundos, enfatizando a velocidade do mercado atual. A palestra então faz a transição para o tópico principal da negociação de alta frequência, ressaltando a importância de ler artigos de pesquisa e fornecer orientações sobre como abordá-los de forma eficaz. O palestrante enfatiza a importância de entender as desvantagens associadas às suposições feitas nesses modelos.

O palestrante passa a discutir negociação algorítmica e de alta frequência (HFT) na microestrutura do mercado financeiro. HFT refere-se à execução computadorizada de estratégias de negociação em ritmo acelerado e tornou-se predominante nos mercados modernos. Eles mencionam que o HFT responde por mais de 50% do volume negociado nos EUA e mais de 25% na Europa, mas ainda há incerteza na comunidade científica sobre seus efeitos no mercado e se requer regulamentação. Para esclarecer essas questões, a palestra explora trabalhos teóricos que investigam as vantagens e os investimentos associados ao ganho de velocidade em HFT. Enquanto os modelos anteriores se concentravam em traders informados, pesquisas recentes examinaram o uso de HFT por traders desinformados.

Para ilustrar as vantagens da velocidade na negociação, o palestrante apresenta um modelo simples de dois períodos em que as instituições que maximizam o lucro, categorizadas como tendo valores privados altos ou baixos, se envolvem na negociação. Esses traders observam seus valores privados antes de negociar e combinam abordagens com base em seus encontros anteriores com avaliações heterogêneas. Um valor fundamental, que pode ser alto ou baixo com igual probabilidade, também é introduzido. Instituições rápidas investem, enquanto instituições lentas permanecem lentas, sendo que as primeiras levam vantagem ao enviar pedidos mais cedo e adquirir mais conhecimento e informações do mercado nesse ínterim.

O palestrante explica como a negociação de alta frequência oferece vantagens na identificação de oportunidades de negociação lucrativas. Os comerciantes rápidos são capazes de observar o valor fundamental (V) no momento da apresentação do pedido, enquanto os comerciantes lentos podem não observar V até depois de enviar seus pedidos. Além disso, os traders rápidos têm maior probabilidade de descobrir oportunidades lucrativas de negociação porque têm mais visibilidade do livro de pedidos limitados se atrasarem o envio do pedido. O palestrante investiga os vários tipos de informações privadas que os traders rápidos e lentos podem possuir e como seu comportamento é influenciado por essas informações dentro de uma estrutura de equilíbrio.

O professor discute um modelo de negociação, destacando a distinção entre os operadores que conhecem o valor do ativo e os que não. Os traders também possuem um elemento de avaliação privada que afeta o comportamento comercial de traders desinformados. O modelo traça um paralelo com o modelo Gloucester Milgram e pode ser resolvido usando métodos semelhantes. Em cenários onde apenas traders lentos estão presentes, todas as ordens são executadas no meio da cotação. No entanto, quando os traders rápidos e lentos participam do mercado, o palestrante se concentra nos tipos de traders mais extremos. Em um equilíbrio simétrico, traders rápidos com alta avaliação privada compram o ativo, enquanto aqueles com baixa avaliação e conhecimento de más notícias o vendem, formando seis estratégias distintas.

O palestrante passa a discutir o cálculo dos preços de equilíbrio para o lado da compra. Ao calcular as probabilidades de receber ordens de compra de comerciantes rápidos e desinformados, equivalentes aos comerciantes informados em seu modelo, o preço de equilíbrio para ordens de compra pode ser derivado. O preço de venda, cotado pelo dealer, é determinado pela avaliação condicional do ativo ao receber uma ordem de compra. A seção termina com o palestrante fazendo perguntas sobre o comportamento do trader e anunciando uma pausa na palestra.

Após o intervalo, a palestra continua com uma discussão sobre o impacto da negociação de alta frequência (HFT) nos resultados do mercado. O palestrante apresenta outro trabalho de pesquisa que explora os efeitos do HFT na liquidez do mercado e na eficiência de preços. O artigo examina como a presença de traders de HFT, que têm acesso a informações mais rápidas e capacidade de execução, influencia a dinâmica do mercado.

O palestrante apresenta um modelo que incorpora traders de HFT junto com outros participantes do mercado. Eles explicam que os traders de HFT são caracterizados por sua capacidade de observar o valor fundamental do ativo antes de enviar seus pedidos. Em contraste, os traders não HFT, chamados de "negociantes regulares", não conseguem observar o valor fundamental e tomar decisões com base em suas avaliações privadas e nas informações de mercado disponíveis.

A palestra aprofunda a análise de equilíbrio do modelo, considerando tanto o comportamento dos traders HFT quanto dos traders regulares. O palestrante destaca a importância de entender as interações estratégicas entre esses diferentes tipos de traders e como elas impactam os resultados do mercado. Eles enfatizam que a capacidade dos traders de HFT de acessar informações mais rapidamente e tomar decisões comerciais mais rápidas pode afetar significativamente a liquidez do mercado e a eficiência dos preços.

O palestrante apresenta as principais conclusões do trabalho de pesquisa, destacando que a presença de traders de HFT pode levar a uma melhor eficiência de preços e spreads de compra e venda mais estreitos no mercado. O aumento da atividade comercial e o processamento mais rápido de informações pelos traders de HFT contribuem para aumentar a liquidez e a incorporação mais rápida de novas informações aos preços.

No entanto, o palestrante também observa possíveis preocupações relacionadas ao HFT, como a possibilidade de maior volatilidade do mercado e o potencial das estratégias de HFT para ampliar os movimentos do mercado. Eles enfatizam a importância de mais pesquisas para entender melhor essas dinâmicas e avaliar se medidas regulatórias são necessárias para mitigar quaisquer consequências negativas associadas à HFT.

A palestra termina resumindo os principais pontos discutidos, incluindo as vantagens e possíveis desvantagens da negociação de alta frequência. O palestrante incentiva o público a continuar explorando trabalhos de pesquisa e literatura acadêmica sobre o tema para obter uma compreensão mais profunda da dinâmica complexa em jogo nos mercados financeiros modernos. Eles enfatizam a importância de se manter informado e analisar criticamente as implicações de diferentes estratégias e tecnologias de negociação para o funcionamento e a estabilidade do mercado.

  • 00:00:00 O palestrante começa resumindo os tópicos da semana passada sobre como a liquidez interage com a governança corporativa e como os mercados digitais transformaram as negociações. Ele aborda brevemente a criptomoeda e o blockchain, observando que, embora tenham seus usos, podem ter sido superanunciados. Ele então passa para o tópico principal do dia, negociação de alta frequência, mas primeiro discute um evento recente em que contratos futuros de petróleo bruto de um mês foram negociados a preços negativos. Ele questiona o público sobre como isso pode ter acontecido e sugere pensar se foi devido a negociações algorítmicas ou a traders humanos estratégicos. Por fim, ele revela que os contratos foram realmente negociados a esse preço e não foi uma falha algorítmica ou uma piada.

  • 00:05:00 O palestrante aborda dois temas relacionados ao trading. O primeiro é um evento recente no mercado de commodities, onde o fundo de petróleo dos EUA teve uma negociação previsível acontecendo todos os meses em futuros de petróleo, e muitos traders anteciparam esses contratos, lucrando com a rolagem, mas causando preços negativos para alguns. O segundo tópico é negociação algorítmica, onde os algoritmos não são usados apenas por traders de alta frequência e traders profissionais com fins lucrativos, mas também por traders institucionais e de varejo maiores para melhor execução de ordens. O palestrante apresenta um artigo de Beeson e Warhol que explora os usos da negociação algorítmica.

  • 00:10:00 O palestrante discute um artigo sobre negociação algorítmica e como isso afeta a modelagem de traders desinformados nos mercados modernos. O artigo analisa dados de uma corretora que realizou negócios por meio de algoritmos amplamente utilizados. Os investidores institucionais enviam ordens pai, que os algoritmos dividem em ordens filhas para minimizar o impacto no preço. Em média, cada pedido pai produz 63 execuções, com cerca de 3 a 9 filhos por execução, totalizando mais de 500 pedidos filhos por pedido pai. O valor do documento está em mostrar que os comerciantes desinformados ainda são sofisticados e negociam de maneiras avançadas, indicando que os modelos podem precisar ser ajustados.

  • 00:15:00 O palestrante discute a crescente sofisticação dos traders e a divisão de ordens de mercado em ordens secundárias para minimizar o impacto no mercado. O palestrante também questiona os dados sobre os tempos de execução dos pedidos, mas incentiva os espectadores a ler o jornal para obter mais informações. Eles então pedem ao público para adivinhar a composição das ordens de mercado e ordens limitadas para investidores de varejo versus investidores institucionais, e revelam que as ordens dos investidores institucionais são 80% ordens de limite e menos de 0,4% são ordens de mercado. Eles também explicam o conceito de pedidos de sacolas e como eles estão vinculados aos preços de mercado.

  • 00:20:00 É introduzido o conceito de ordens limitadas negociáveis, que são ordens que são apresentadas a preços dentro do bid-ask spread, criando uma sobreposição, e são executadas imediatamente. Estas ordens são distintas das ordens limitadas tradicionais, que são passivas e são apresentadas a preços fora do bid-ask spread, com a expectativa de serem executadas em algum momento no futuro. A vantagem das ordens de limite negociáveis sobre as ordens de mercado é que elas são menos propensas a estarem sujeitas a mudanças repentinas de preço e atrasos devido aos criadores de mercado que as mantêm, pois as ordens de limite negociáveis são executadas imediatamente ao melhor preço possível. No entanto, ainda existem casos em que as ordens de limite negociáveis podem não ser executadas, como se o trader tiver definido restrições específicas de volume ou preço.

  • 00:25:00 O palestrante explica o conceito de ordens limitadas como uma alternativa mais segura às ordens de mercado, fornecendo seguro contra choques repentinos de preços, dando aos traders um limite superior nos preços que estão dispostos a executar. No entanto, mesmo as ordens limitadas negociáveis correm o risco de não serem executadas, incorrendo em algum risco de execução. O palestrante fornece um vislumbre de como as informações privadas dos traders podem impactar o preço dos ativos e apresenta a ideia de que ordens limitadas podem ser informativas e revelar informações privadas dos traders sobre o valor fundamental do ativo. Mesmo pedidos não atendidos podem ter algum impacto no preço, indicando as informações do trader sobre o valor fundamental do ativo.

  • 00:30:00 O palestrante discute um trabalho de pesquisa sobre o impacto dos pedidos cancelados no preço de mercado. As descobertas mostram que mesmo os pedidos cancelados podem ter um impacto no preço, com os pedidos não atendidos tendo um impacto maior do que os atendidos. Esse impacto foi na escala de segundos, o que destaca a velocidade do mercado atual. A palestra então faz a transição para negociação de alta frequência e enfatiza a importância de ler artigos de pesquisa, começando com o resumo e a introdução, navegando pelo conteúdo e focando na configuração do modelo e nos resultados. O palestrante observa que os autores podem fornecer informações sobre as desvantagens de suas suposições.

  • 00:35:00 O palestrante discute negociações de alta frequência e algorítmicas (HFT) na microestrutura dos mercados financeiros. HFT refere-se à negociação algorítmica computadorizada em um ritmo muito alto, que se tornou uma prática predominante nos mercados atuais. O palestrante observa que estima-se que o HFT represente mais de 50% de todo o volume negociado nos EUA e mais de 25% na Europa. No entanto, a comunidade científica ainda não tem certeza sobre o efeito do HFT no mercado e se necessita de regulamentação. A palestra explora alguns artigos teóricos que investigam essa questão, observando que, embora a maioria dos modelos tenha focado em traders informados, trabalhos recentes consideraram o uso de HFT por traders desinformados, com o objetivo de entender os conceitos centrais de suas vantagens e investimentos associados com ganho de velocidade.

  • 00:40:00 O palestrante apresenta um modelo simples de dois períodos com uma versão binária de instituições maximizadoras de lucro que têm um valor privado alto ou baixo e observam seu valor privado antes de negociar. Os traders também combinam as duas abordagens para valorizações heterogêneas vistas anteriormente, com um valor fundamental que pode ser alto ou baixo, ocorrendo com igual probabilidade. Instituições rápidas são aquelas que investem, enquanto instituições lentas permanecem lentas. A velocidade dá uma vantagem às instituições rápidas porque elas podem enviar pedidos mais cedo e saber o verdadeiro valor do ativo antes de outros traders, resultando em mais conhecimento e informações do mercado nesse meio tempo.

  • 00:45:00 O palestrante discute como a negociação de alta frequência pode oferecer vantagens na busca de oportunidades de negociação lucrativas. Os comerciantes rápidos têm a vantagem de ver o valor fundamental (V) quando eles enviam seus pedidos, enquanto os comerciantes lentos podem não observar V até depois de enviarem seus pedidos. Os traders rápidos também têm uma probabilidade maior de encontrar oportunidades de negociação lucrativas porque conseguem ver mais do livro de pedidos com limite se enviarem seus pedidos posteriormente. O palestrante então descreve os vários tipos de informações privadas que os traders rápidos e lentos podem ter e como eles podem se comportar diante dessas informações em um equilíbrio.

  • 00:50:00 O professor discute um modelo de negociação em que alguns traders sabem o valor do ativo que estão negociando, enquanto outros não. Os comerciantes também têm um elemento de avaliação privada que torna mais fácil entender o comércio dos comerciantes desinformados. O modelo lembra o professor do modelo Gloucester Milgram, e pode ser resolvido de forma semelhante. Se não houver traders rápidos, todas as ordens serão executadas no meio da cotação, mas se houver traders rápidos e lentos no mercado, o professor analisa os tipos mais extremos de traders. Em um equilíbrio simétrico, traders rápidos com alta avaliação privada estarão comprando o ativo, enquanto aqueles com baixa avaliação e conhecimento de más notícias o venderão, dentre as seis estratégias.

  • 00:55:00 O palestrante discute como, após caracterizar o equilíbrio e determinar estratégias ótimas, dado um conjunto de betas, o preço de equilíbrio pode ser calculado para o comprador. Isso é feito calculando a probabilidade de receber uma ordem de compra de um trader rápido, equivalente ao trader informado em seu modelo, e a probabilidade de receber uma ordem de compra de um trader desinformado. O preço de venda, o preço que o negociante irá cotar, é derivado da avaliação condicional do ativo ao receber uma ordem de compra. A seção termina com o palestrante colocando a questão de como os traders irão se comportar e fazendo uma pausa.
 

Aula 12, parte 2: Negociação de Alta Frequência (Microestrutura dos Mercados Financeiros)



Aula 12, parte 2: Negociação de Alta Frequência (Microestrutura dos Mercados Financeiros)

Continuando após o intervalo, a palestra se concentra na análise de equilíbrio de um modelo de negociação de alta frequência e explora a existência de múltiplos equilíbrios, que podem surgir devido a expectativas auto-realizáveis no mercado. O palestrante explica que a estratégia de precificação para o dealer é formulada com base nas demais estratégias empregadas pelos traders no mercado.

Para abordar a questão dos equilíbrios múltiplos, o palestrante introduz a suposição de que os fundamentos desempenham um papel mais significativo do que as avaliações privadas, embora não os ofusquem completamente. Os comerciantes no mercado classificam os valores do ativo com base em suas avaliações e notícias privadas, o que fornece um conjunto mais restrito de casos possíveis e ajuda a orientar sua tomada de decisão.

A palestra passa a discutir três equilíbrios distintos, rotulados P1, P2 e P3, sob condições específicas. No equilíbrio P1, todos os três tipos de traders participam comprando o ativo com um spread estreito. Em P2, os traders rápidos compram apenas se tiverem boas notícias e altas avaliações privadas, enquanto os traders lentos ainda se envolvem em compras. P3 representa um equilíbrio em que participam apenas traders rápidos com avaliações extremas, levando a um spread mais amplo e efetivamente excluindo traders lentos do mercado.

O palestrante enfatiza que a existência desses equilíbrios depende de vários valores de parâmetros, inclusive a possibilidade de um spread se tornar tão amplo que não ocorram negócios no mercado. A palestra destaca que, embora o P3 sempre exista, a existência do P1 depende de um limite específico de comerciantes informados presentes. Verificou-se que P1 é Pareto dominante, proporcionando melhores preços para todos os comerciantes em comparação com P3. Consequentemente, os comerciantes desinformados não negociam mais com prejuízo neste modelo, tornando o processo de negociação mais estratégico e benéfico para todos os participantes.

O professor explora ainda mais as implicações do equilíbrio P1 nos lucros dos traders rápidos e lentos. Os lucros dos traders rápidos diminuem à medida que concorrentes mais rápidos entram no mercado, indicando um impacto negativo do aumento da concorrência. Da mesma forma, os comerciantes lentos experimentam um resultado semelhante, mas seus lucros dependem de suas avaliações privadas. A palestra destaca que quando o ponto de equidade cruza zero, o equilíbrio P1 deixa de existir, resultando em um resultado pior para todos os participantes do mercado, pois impõe uma externalidade aos demais. No geral, os lucros de todos os traders diminuem à medida que o valor alfa aumenta.

A palestra apresenta uma solução mais matizada para a tragédia dos comuns, considerando a heterogeneidade entre as instituições. O modelo assume que as instituições têm diferentes tipos, o que determina seu tamanho e lucros potenciais por serem rápidas. Isso implica que nem todos os traders necessariamente se tornam rápidos ou lentos, mas depende do tamanho de sua instituição e do número de mercados nos quais eles podem participar.

O palestrante aprofunda o processo decisório das instituições na escolha de se tornarem rápidas ou lentas, impulsionadas pelo lucro esperado de serem rápidas. Eles explicam que o lucro de ser rápido é o mesmo em todos os mercados e depende apenas da participação total das instituições rápidas. Apenas as instituições que ultrapassarem um determinado limite em termos de tipo optarão por tornar-se rápidas. A palestra discute ainda como, com base na distribuição assumida, a distribuição dos tipos de trader enfrentados em qualquer mercado segue uma distribuição uniforme de 0 a M. Além disso, o valor alfa, representando a probabilidade de negociação informada em cada mercado, é estabelecido.

A palestra refere-se às descobertas de um trabalho de pesquisa sobre negociação de alta frequência, que identifica um equilíbrio em que a probabilidade de encontrar um trader grande o suficiente para valer a pena tornar-se rápido é determinada pela distribuição uniforme. O artigo também revela que o custo de se tornar rápido leva a menos traders rápidos no mercado, diminuindo assim o alfa. Além disso, os autores apresentam um resultado de bem-estar sugerindo que mercados sem seleção adversa geram mais bem-estar em comparação com mercados com seleção adversa. O palestrante interpreta isso como uma indicação de que os mercados que funcionam bem podem ter uma quantidade excessiva de transações de alta frequência em equilíbrio e propõe que definir alfa como zero maximizaria o bem-estar.

No final da palestra, o apresentador menciona uma proposta para realizar leilões em lote a cada 0,1 segundos, o que não atrasaria significativamente os traders, mas poderia ter efeitos adversos nos traders de alta frequência. Eles anunciam que a próxima palestra aprofundará essa proposta com mais detalhes e fornecerá dados empíricos para apoiá-la. O apresentador reconhece qualquer confusão causada pela apresentação e agradece a atenção da plateia, finalizando anunciando que a aula de exercícios será na sexta-feira.

Continuando com a palestra, o apresentador passa a discutir com mais detalhes o sistema de leilão de lotes proposto. Eles explicam que os leilões em lote envolvem agrupar um conjunto de pedidos e executá-los em um intervalo de tempo específico, como a cada 0,1 segundos. Embora esse sistema possa não causar atrasos significativos para a maioria dos traders, ele pode prejudicar as estratégias e a lucratividade dos traders de alta frequência.

O apresentador reconhece que o comércio de alta frequência se tornou um tema controverso, com preocupações sobre seu impacto na estabilidade e justiça do mercado. Os leilões em lote são vistos como uma solução potencial para abordar algumas dessas preocupações, introduzindo um ambiente de negociação mais estruturado e controlado.

A palestra então introduz o conceito de dados empíricos, que serão apresentados em sessões subseqüentes para apoiar a viabilidade e eficácia do sistema de leilão em lote proposto. O apresentador enfatiza a importância da evidência empírica na compreensão das implicações do mundo real das estruturas de mercado e estratégias de negociação.

Pedindo desculpas novamente por qualquer confusão causada durante a palestra, o apresentador agradece ao público pela paciência e engajamento. Eles concluem a sessão anunciando que a aula de exercícios, onde os alunos podem praticar e aplicar os conceitos discutidos, será realizada na sexta-feira.

  • 00:00:00 O palestrante discute o equilíbrio de um modelo de negociação de alta frequência e como os mercados podem ter múltiplos equilíbrios devido a expectativas autorrealizáveis. A estratégia de precificação para o revendedor é elaborada com base nas estratégias restantes, e o problema dos equilíbrios múltiplos é abordado assumindo que os fundamentos são mais importantes do que as avaliações privadas, mas não na medida em que os ofusca completamente. Sob essa suposição, os traders têm uma classificação de valores para o ativo com base em suas avaliações e notícias privadas. A classificação fornece um conjunto mais restrito de casos possíveis e ajuda os traders a tomar decisões.

  • 00:05:00 O palestrante discute três possíveis equilíbrios, denominados P1, P2 e P3, para casos em que um ativo fundamental não é atraente para traders rápidos com boas notícias e avaliações baixas. Para P1, todos os três tipos de traders compram o ativo com um spread estreito, enquanto para P2, os traders rápidos compram apenas se tiverem boas notícias e alta avaliação privada. Os comerciantes lentos ainda compram em P2, mas os comerciantes rápidos com sinais conflitantes agora não negociarão devido a um preço de venda alto e preço de oferta baixo. P3 é um equilíbrio em que apenas traders rápidos com avaliações extremas negociam, exilando traders lentos do mercado e criando um spread mais amplo, tornando mais difícil para eles negociar.

  • 00:10:00 O palestrante discute os diferentes equilíbrios que podem surgir no mercado sob diferentes valores de parâmetros, que podem incluir um spread tão amplo que não há negócios no mercado. Os equilíbrios P1, P2 e P3 são discutidos, com P3 sempre existindo, enquanto P1 depende de um limite específico de traders informados no mercado. P1 é considerado Pareto dominante, proporcionando melhores preços para todos os comerciantes em comparação com P3. Como tal, os comerciantes desinformados não estão mais negociando com prejuízo neste modelo, tornando o comércio mais estratégico para todos.

  • 00:15:00 O professor fala sobre como os lucros dos traders Fast e Slow são afetados pela existência de um equilíbrio P1. Os lucros dos comerciantes rápidos estão diminuindo em alfa, o que significa que eles sofrem por ter concorrentes mais rápidos no mercado. Por outro lado, os comerciantes lentos têm um resultado semelhante aos comerciantes rápidos, mas dependem de sua avaliação privada. Quando o ponto de equidade cruza zero, o equilíbrio P1 deixa de existir, e isso é pior para todos, pois impõe uma externalidade a todos os outros. No geral, os lucros de todos os traders diminuem à medida que o alfa aumenta.

  • 00:20:00 Isso cria uma solução mais matizada para a tragédia dos comuns, pois nem todos os traders necessariamente se tornam rápidos ou lentos, mas depende do tamanho de sua instituição e do número de mercados em que podem participar. O modelo assume heterogeneidade entre as instituições, sendo que cada uma possui um tipo que determina seu tamanho e potencial de lucro por serem rápidas.

  • 00:25:00 O palestrante discute o processo de decisão das instituições em se tornarem rápidas ou lentas, que é impulsionado pelo lucro esperado de ser rápido. O palestrante explica que o lucro de ser rápido é o mesmo em todos os mercados e depende apenas da participação total de instituições rápidas, e somente instituições acima de um certo corte em termos de tipo escolherão tornar-se rápidas. O palestrante então discute como, devido à forma da distribuição assumida, a distribuição dos tipos de trader enfrentados em qualquer mercado é uniforme de 0 a M e estabelece o alfa, que é a probabilidade de negociação informada em todos os mercados.

  • 00:30:00 O palestrante discute as conclusões de um artigo sobre negociação de alta frequência. Os autores encontram um equilíbrio em que a probabilidade de enfrentar um trader grande o suficiente para valer a pena ser rápido é dada pela distribuição uniforme. Eles também descobriram que o custo de se tornar rápido leva a menos traders rápidos no mercado, o que diminui o alfa. Além disso, os autores têm um resultado de bem-estar que diz que mercados sem seleção adversa geram mais bem-estar do que mercados com seleção adversa. O palestrante interpreta isso como mercados que funcionam bem, tendo muitas negociações de alta frequência em equilíbrio e que a maneira de maximizar o bem-estar é definir alfa como zero.

  • 00:35:00 O apresentador discute uma proposta para executar leilões em lote a cada 0,1 segundos, o que não causaria atrasos significativos para os traders, mas poderia prejudicar os traders de alta frequência. A próxima palestra aprofundará essa proposta com mais detalhes e fornecerá dados empíricos para apoiá-la. O apresentador pede desculpas por qualquer confusão causada pela apresentação, mas agradece a presença do público e anuncia que a aula de ginástica será na sexta-feira.
Razão: