Os principais índices de acções de Nova Iorque encerraram o dia com perdas superiores a 1%, a reflectir a indefinição em torno dos dados mais recentes de emprego nos EUA, relativos a Agosto, que aumentam a especulação sobre o que fará a Reserva Federal na sua próxima reunião.
O industrial Dow Jones fechou o dia com um recuo superior a 270 pontos (uma cedência de 1,66% para 16.102 pontos), enquanto o S&P 500 deslizou 1,53 % para 1,921,24 pontos. Já o tecnológico Nasdaq caiu 1,05% para 4.683,92 pontos.
Se por um lado os dados do desemprego - que ficou no mês passado em mínimos de sete anos - dão sinais de recuperação económica e aumentam a probabilidade de que a Fed venha a aumentar os juros já na reunião deste mês de Setembro, já a criação de postos de trabalho no relatório laboral hoje conhecido ficou abaixo do previsto, o que poderá refrear uma decisão já na reunião de dia 16 e 17.
Nos últimos 12 dias, segundo a Bloomberg, esta foi a sexta sessão em que o S&P 500 fechou com uma queda superior a 1%, notando no entanto a agência noticiosa que Setembro é normalmente o pior mês para o índice transversal de Nova Iorque.
"A fraqueza do mercado deve-se em primeiro lugar a preocupações com o crescimento económico global", disse à Bloomberg Mark Spellman, da Alpine Funds.
O dia negativo de hoje sucedeu-se a ganhos na sessão de quinta-feira, proporcionados por novas garantias de Mario Draghi de que o programa de estímulos do BCE poderá ser adaptado em função das necessidades, nomeadamente para garantir o guidance para a inflação para valores próximos mas abaixo de 2%.
Nas últimas semanas têm sido as preocupações com o abrandamento da economia chinesa e as fortes quedas verificados nos mercados daquele país a condicionar as negociações a nível internacional. Esta quinta e sexta-feira este factor deu algum descanso aos investidores, dado o encerramento por dois dias da bolsa de Xangai devido a feriado.
