Petróleo apresenta queda em negociação agitada após dados do ISM

Petróleo apresenta queda em negociação agitada após dados do ISM

3 fevereiro 2015, 14:02
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Os futuros de petróleo apresentaram queda nas voláteis negociações de hoje, após dados terem mostrado que a atividade industrial nos EUA aumentou a um ritmo mais lento em 11 meses em janeiro, alimentando preocupações com a saúde da economia.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em março caiu 15 centavos, ou 0,31%, para US$ 48,09 por barril nas negociações norte-americanas da manhã.

Os preços perderam 3,23%, ou US$ 1,56, atingindo uma baixa da sessão de US$ 46,68 por barril, antes de subirem para 3,65%, ou US$ 1,83, atingindo uma alta diária US$ 50,07.

O petróleo caiu após o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) informou que seu índice de gerente de compras (PMI) caiu para 53,5 no mês passado, de uma leitura de 55,5 em dezembro. Os analistas esperavam que o PMI industrial subisse para 54,5 em janeiro.

Os dados decepcionantes foram divulgados após o Departamento do Comércio dos EUA ter informado que os gastos pessoais caíram 0,3% em dezembro, pior do que as expectativas para uma queda de 0,2%.

Enquanto isso, na China, dados divulgados no início do dia mostraram que o índice de gerentes de compra (PMI) HSBC para o setor industrial da China caiu em janeiro para 49,7, de uma leitura preliminar de 49,8. Os analistas esperavam que o índice permanecesse inalterado.

No fim de semana, dados do governo mostraram que o índice de gerentes de compra para o setor industrial da China caiu para 49,8 em janeiro, uma baixa de dois anos, abaixo das expectativas para uma leitura de 50,2 e abaixo de 50,1 em dezembro.

O indicador contraiu pela primeira vez desde setembro de 2012, aumentando a pressão sobre os políticos para estimular a economia instável.

Os EUA e a China são os dois maiores consumidores mundiais de petróleo.

Na sexta-feira, os futuros de petróleo negociados em Nova York subiram US$ 3,71, ou 8,33%, sendo negociados a US$ 48,24 por barril, em meio a indicações de que os produtores norte-americanos podem estar evitando a nova produção em resposta aos preços baixos.

Na sexta-feira, o grupo de pesquisa industrial, Baker Hughes, disse que o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA caiu 94, ou 7%, na semana passada, para 1,223, o nível mais baixo desde outubro de 2013.

O número de plataformas de petróleo diminuiu em 13 das 16 últimas semanas desde que atingiu uma alta histórica de 1.609 no meio de outubro.

Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em março caíram 9 centavos, ou 0,16%, sendo negociados a US$ 52,91 por barril. Os futuros foram negociados em uma faixa entre 451,42 e US$ 55,39 por barril.

Na sexta-feira, os preços do Brent negociados em Londres subiram US$ 3,86, ou 7,86%, para US$ 52,99.

Os preços do petróleo caíram quase 60% desde junho, uma vez que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo resistiram aos apelos para reduzir a produção, ao passo que os EUA continuam produzindo em um ritmo mais rápido em mais de três décadas, criando um excesso de oferta mundial.