Crescimento da indústria na Zona Euro em máximos de Abril de 2014

Crescimento da indústria na Zona Euro em máximos de Abril de 2014

1 dezembro 2015, 23:00
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No mês passado, o índice PMI, que mede a evolução da indústria, atingiu os valores mais elevados na Holanda, Irlanda e Itália. Este indicador também cresceu na Alemanha e Espanha, e ficou inalterado em França. 

O crescimento da indústria na Zona Euro acelerou no mês passado, prolongando uma recuperação lenta, que poderá levar o Banco Central Europeu (BCE) a reforçar os estímulos à economia da região já esta quinta-feira.

O índice de gestores de compras (PMI, na sigla inglesa) para a indústria da Zona Euro, da Markit Economics, subiu de 52,3 pontos, em Outubro, para 52,8 pontos no mês passado, o valor mais elevado desde Abril de 2014.

Todos os países analisados pela Markit registaram valores acima de 50 pontos – que fazem a fronteira entre a expansão e a contracção – excepto a Grécia, onde a indústria encolheu pelo 15.º mês consecutivo.

"Não é, de forma alguma, um ritmo espectacular de expansão", refere Chris Williamson, economista-chefe da Markit Economics, citado no comunicado. "O cenário está montado para o BCE anunciar novas medidas de estímulo na reunião de Dezembro".

No mês de Novembro, a liderar o crescimento da indústria estiveram Itália, Holanda e Irlanda. Em Itália, o PMI avançou para os 54,9 pontos, o valor mais elevado dos últimos quatro meses, na Holanda fixou-se nos 53,5 pontos e, na Irlanda, nos 53,3 pontos.

Em Espanha, este indicador atingiu o valor mais alto dos últimos três meses, nos 53,1 pontos e, na Alemanha, a maior economia europeia, o PMI aumentou de 52,1 pontos, em Outubro, para 52,9 pontos, em Novembro.

Pelo contrário, a indústria francesa estagnou no mês passado e, na Grécia, o índice avançou de 47,3 pontos para 48,1 pontos, mantendo-se, porém, abaixo da marca dos 50 pontos.

Samuel Agass, economista da Markit Economics, considera que a indústria grega "parece estar a caminhar em direcção à estabilidade". Contudo, "as novas encomendas recebidas e a actividade de compra estão a diminuir acentuadamente, indicando que o consumo está a ser restringido pelos controlos de capital impostos sobre a economia", acrescenta o economista.