A bolsa brasileira acompanha a tendência dos mercados internacionais e opera em alta expressiva na volta do feriado prolongado, tentando sustentar a linha de 54 mil pontos. Tanto lá fora como aqui, o motivo para euforia é o dado mais fraco que o esperado de geração de empregos nos Estados Unidos em março, o que reforça a avaliação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) será mais cauteloso antes de elevar os juros básicos da economia dos EUA.
O estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira, lembra que a manutenção dos juros baixos nos EUA é uma notícia boa para os emergentes em geral e reforça a tendência de queda do dólar. “Também melhora a perspectiva para os índices inflacionários”, afirma.
Às 15h35, o Ibovespa subia 1,68%, para 54.015 pontos, com bom volume R$ 4,1 bilhões. Segundo operadores, investidores estrangeiros estão na ponta compradora do mercado, repetindo movimento visto ao longo de março, quando compraram mais de R$ 3,8 bilhões em ações brasileiras. No mesmo horário, em Wall Street, Dow Jones subia 0,98%, Nasdaq ganhava 0,78% e S&P 500 marcava alta de 0,93%.
Entre as principais ações do Ibovespa, Ambev ON (2,54%) concentra os ganhos, seguida por Vale PNA (1,87%), Petrobras PN (1,58%), Itaú PN (1,51%) e Bradesco PN (0,83%).
No topo do índice estão PDG Realty ON (10,76%), Marfrig ON (7,71%) e Energias do Brasil On (5,30%). PDG e outras empresas de construção e varejo – MRV (4,68%), Hering ON (4,55%), BR Malls ON (3,25%), Cyrela ON (2,38%) – tiram proveito da reversão na tendência de alta dos juros, justamente por conta do recuo do dólar, o que alivia as pressões inflacionárias.
Na outra ponta aparecem as ações de exportadoras - que subiram com o avanço do dólar e que agora sentem o seu recuo -: Suzano PNA (-0,77%), Fibria ON (0,06%) e Gerdau PN (0,29%).
As maiores perdas no momento estão concentradas nas teles: TIM ON (-1,05%) e Vivo PN (-1,00%). A Telefônica Brasil (Vivo) informou hoje que vai divulgar um novo prospecto preliminar de sua oferta de ações para financiar parte da compra da GVT devido a exigências feitas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
